Dante´s prayer
quarta-feira, 22 de julho de 2009
domingo, 12 de julho de 2009
Um tempinho pra respirar
Vou fechar a minha janelinha por alguns dias.
viagens, família e férias.
vou com a lua minguante e volto com a lua nova.
viagens, família e férias.
vou com a lua minguante e volto com a lua nova.
Gestão Bananeira
Istoe 2070 (hoje)
Editorial
Por que o estado gasta tanto
Nas últimas décadas, o Brasil empreendeu uma gigantesca desmobilização do Estado-empresário. Privatizou várias estatais, terceirizou serviços e abriu a economia interna ao mundo, dentro de um objetivo claro de modernizar o País e colocá-lo em sintonia com a onda de globalização. O Estado mais magro pressupunha eficiência e todo o repasse de ativos e passivos à iniciativa privada deveria vir acompanhado de um natural encolhimento de custos. Não veio. Ao contrário. Gradativamente, ao longo dos últimos anos, governos municipais, estaduais e federal foram erguendo uma montanha de dívidas. Para honrá-la, apostou-se na arrecadação tributária sem limites. Na semana passada, números divulgados pela própria Receita Federal mostravam o tamanho da brutal conta que recaiu sobre os ombros do contribuinte. A carga fiscal alcançou o histórico recorde de 36% do PIB. Para ser ter uma ideia da dimensão desse peso tributário, basta dizer que ele é praticamente o dobro do verificado na economia mexicana, que tem estrutura de PIB semelhante à daqui. O índice é maior que o dos EUA, da Suíça e de praticamente todos os países vizinhos com os quais o Brasil faz fronteira. O que explica essa sanha desmedida? Tome-se, por exemplo, a prática sinalizada na semana passada pelos vários ministros que estão aumentando despesas e pedindo mais dinheiro ao Tesouro. Às vésperas das eleições, os titulares desses ministérios – muitos dos quais candidatos a novos mandatos – querem fazer bonito com o dinheiro alheio. O governo federal incentiva, elevando exponencialmente os custos com o funcionalismo público. O inchaço da máquina, apesar da dieta das estruturas empresariais que aconteceu com as privatizações, é visível. O Estado gastador flerta com a ideia de ser um Estado ainda mais interventor e populista, distribuindo benesses em troca do voto. Algo arcaico no mundo contemporâneo, mas bem ao gosto de gestões bananeiras que montam seus guichês de favores e praticam abertamente o é dando que se recebe. Nessa direção, a União comunicou que vai aceitar renegociar as dívidas dos Estados e trabalha para uma alforria de pagamentos de compromissos em vários setores estatais. No Legislativo, o Senado torra quase R$ 3 bilhões ao ano – parte com viagens ao Exterior, parte com um nepotismo descarado. Dá para entender por que o seu imposto está tão alto?
Carlos José Marques, diretor editorial
Editorial
Por que o estado gasta tanto
Nas últimas décadas, o Brasil empreendeu uma gigantesca desmobilização do Estado-empresário. Privatizou várias estatais, terceirizou serviços e abriu a economia interna ao mundo, dentro de um objetivo claro de modernizar o País e colocá-lo em sintonia com a onda de globalização. O Estado mais magro pressupunha eficiência e todo o repasse de ativos e passivos à iniciativa privada deveria vir acompanhado de um natural encolhimento de custos. Não veio. Ao contrário. Gradativamente, ao longo dos últimos anos, governos municipais, estaduais e federal foram erguendo uma montanha de dívidas. Para honrá-la, apostou-se na arrecadação tributária sem limites. Na semana passada, números divulgados pela própria Receita Federal mostravam o tamanho da brutal conta que recaiu sobre os ombros do contribuinte. A carga fiscal alcançou o histórico recorde de 36% do PIB. Para ser ter uma ideia da dimensão desse peso tributário, basta dizer que ele é praticamente o dobro do verificado na economia mexicana, que tem estrutura de PIB semelhante à daqui. O índice é maior que o dos EUA, da Suíça e de praticamente todos os países vizinhos com os quais o Brasil faz fronteira. O que explica essa sanha desmedida? Tome-se, por exemplo, a prática sinalizada na semana passada pelos vários ministros que estão aumentando despesas e pedindo mais dinheiro ao Tesouro. Às vésperas das eleições, os titulares desses ministérios – muitos dos quais candidatos a novos mandatos – querem fazer bonito com o dinheiro alheio. O governo federal incentiva, elevando exponencialmente os custos com o funcionalismo público. O inchaço da máquina, apesar da dieta das estruturas empresariais que aconteceu com as privatizações, é visível. O Estado gastador flerta com a ideia de ser um Estado ainda mais interventor e populista, distribuindo benesses em troca do voto. Algo arcaico no mundo contemporâneo, mas bem ao gosto de gestões bananeiras que montam seus guichês de favores e praticam abertamente o é dando que se recebe. Nessa direção, a União comunicou que vai aceitar renegociar as dívidas dos Estados e trabalha para uma alforria de pagamentos de compromissos em vários setores estatais. No Legislativo, o Senado torra quase R$ 3 bilhões ao ano – parte com viagens ao Exterior, parte com um nepotismo descarado. Dá para entender por que o seu imposto está tão alto?
Carlos José Marques, diretor editorial
sábado, 11 de julho de 2009
Jorge Luis Borges
FRAGMENTOS DE UM EVANGELHO APÓCRIFO
(trechos)
Tradução de Carlos Nejar e Alfredo Jacques
27. Não falo de vinganças nem de perdões; o esquecimento é a única vingança e o único perdão.
30. Não acumules ouro na terra, porque o ouro é pai do ócio, e este, da tristeza e do tédio.
33. Dá o santo aos cães, atira tuas pérolas aos porcos; o que importa é dar.
41. Nada se edifica sobre a pedra, tudo sobre a areia, mas nosso dever é edificar como se fosse pedra a areia...
(trechos)
Tradução de Carlos Nejar e Alfredo Jacques
27. Não falo de vinganças nem de perdões; o esquecimento é a única vingança e o único perdão.
30. Não acumules ouro na terra, porque o ouro é pai do ócio, e este, da tristeza e do tédio.
33. Dá o santo aos cães, atira tuas pérolas aos porcos; o que importa é dar.
41. Nada se edifica sobre a pedra, tudo sobre a areia, mas nosso dever é edificar como se fosse pedra a areia...
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Vander Lee
Um mineirinho bom, romântico e simpático. Acabei de chegar do show. foi muito bom e aqui vou postar duas músicas, as mais conhecidas. Vale a pena ouvir e ver.
Contra o Tempo
Vander Lee
Composição: Vander Lee
Corro contra o tempo
Pra te ver
Eu vivo louco
Por querer você
Oh! Oh! Oh! Oh!
Morro de saudade
A culpa é sua...
Bares, ruas, estradas
Desertos, luas
Que atravesso
Em noites nuas
Oh! Oh! Oh! Oh!
Só me levam
Pra onde está você...
O vento que sopra
Meu rosto cega
Só o seu calor me leva
Oh! Oh! Oh! Oh!
Numa estrela
Prá lembrança sua...
O que sou?
Onde vou?
Tudo em vão!
Tempo de silêncio
E solidão...(2x)
Esperando Aviões
Vander Lee
Composição: Vander Lee
Meus olhos te viram triste
Olhando pro infinito
Tentando ouvir o som do próprio grito
E o louco que ainda me resta
Só quis te levar pra festa
Você me amou de um jeito tão aflito
Que eu queria poder te dizer sem palavras
Eu queria poder te cantar sem canções
Eu queria viver morrendo em sua teia
Seu sangue correndo em minha veia
Seu cheiro morando em meus pulmões
Cada dia que passo sem sua presença
Sou um presidiário cumprindo sentença
Sou um velho diário perdido na areia
Esperando que você me leia
Sou pista vazia esperando aviões
Sou o lamento no canto da sereia
Esperando o naufrágio das embarcações
Contra o Tempo
Vander Lee
Composição: Vander Lee
Corro contra o tempo
Pra te ver
Eu vivo louco
Por querer você
Oh! Oh! Oh! Oh!
Morro de saudade
A culpa é sua...
Bares, ruas, estradas
Desertos, luas
Que atravesso
Em noites nuas
Oh! Oh! Oh! Oh!
Só me levam
Pra onde está você...
O vento que sopra
Meu rosto cega
Só o seu calor me leva
Oh! Oh! Oh! Oh!
Numa estrela
Prá lembrança sua...
O que sou?
Onde vou?
Tudo em vão!
Tempo de silêncio
E solidão...(2x)
Esperando Aviões
Vander Lee
Composição: Vander Lee
Meus olhos te viram triste
Olhando pro infinito
Tentando ouvir o som do próprio grito
E o louco que ainda me resta
Só quis te levar pra festa
Você me amou de um jeito tão aflito
Que eu queria poder te dizer sem palavras
Eu queria poder te cantar sem canções
Eu queria viver morrendo em sua teia
Seu sangue correndo em minha veia
Seu cheiro morando em meus pulmões
Cada dia que passo sem sua presença
Sou um presidiário cumprindo sentença
Sou um velho diário perdido na areia
Esperando que você me leia
Sou pista vazia esperando aviões
Sou o lamento no canto da sereia
Esperando o naufrágio das embarcações
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Músicas do dia com Tom Jobim
Por Toda Minha Vida
Tom Jobim
Minha bem amada
Quero fazer de um juramento uma canção
Eu prometo, por toda a minha vida
Ser somente teu e amar-te como nunca
Ninguém jamais amou, ninguém
Minha bem amada
Estrela pura, aparecida
Eu te amo e te proclamo
O meu amor, o meu amor
Maior que tudo quanto existe
Eu Te Amo
Tom Jobim
Composição: Tom Jobim / Chico Buarque
Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós, nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu
Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios inda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair
Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir.
Este Seu Olhar
Tom Jobim
Composição: Tom Jobim
Este seu olhar quando encontra o meu
Fala de umas coisas
Que eu não posso acreditar
Doce é sonhar, é pensar que você
Gosta de mim como eu de você
Mas a ilusão quando se desfaz
Dói no coração de quem sonhou
Sonhou demais, ah! se eu pudesse entender
O que dizem os seus olhos
Eu Preciso De Você
Tom Jobim
Composição: Antonio Carlos Jobim / Aloysio de Oliveira
Como o sol precisa de um poente
Eu preciso de você, só de você
Como toda orquestra de um regente
Eu preciso de você, só de você
Como a flor precisa de perfume
E a mulher de ter ciúme
Quando o seu amor não vem
Preciso tanto de você
Como a noite busca a madrugada
Eu preciso de você, só de você
Se o poeta busca a bem amada
Eu preciso de você, só de você
Só você não sabe a solidão
De tão imensa é uma doença
Que me deu no coração
Se o ateu precisa de uma crença
Eu preciso de você
Tom Jobim
Minha bem amada
Quero fazer de um juramento uma canção
Eu prometo, por toda a minha vida
Ser somente teu e amar-te como nunca
Ninguém jamais amou, ninguém
Minha bem amada
Estrela pura, aparecida
Eu te amo e te proclamo
O meu amor, o meu amor
Maior que tudo quanto existe
Eu Te Amo
Tom Jobim
Composição: Tom Jobim / Chico Buarque
Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós, nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu
Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios inda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair
Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir.
Este Seu Olhar
Tom Jobim
Composição: Tom Jobim
Este seu olhar quando encontra o meu
Fala de umas coisas
Que eu não posso acreditar
Doce é sonhar, é pensar que você
Gosta de mim como eu de você
Mas a ilusão quando se desfaz
Dói no coração de quem sonhou
Sonhou demais, ah! se eu pudesse entender
O que dizem os seus olhos
Eu Preciso De Você
Tom Jobim
Composição: Antonio Carlos Jobim / Aloysio de Oliveira
Como o sol precisa de um poente
Eu preciso de você, só de você
Como toda orquestra de um regente
Eu preciso de você, só de você
Como a flor precisa de perfume
E a mulher de ter ciúme
Quando o seu amor não vem
Preciso tanto de você
Como a noite busca a madrugada
Eu preciso de você, só de você
Se o poeta busca a bem amada
Eu preciso de você, só de você
Só você não sabe a solidão
De tão imensa é uma doença
Que me deu no coração
Se o ateu precisa de uma crença
Eu preciso de você
Um dia legal
Hoje foi um dia muito legal, musical, alegre.
Resolvi fazer faxina na minha caixa de CD´s com as minhas filhas e descobrimos tantas coisas engraçadas, algumas relíquias da infãncia e outros bem antigos. ficamos a manhã inteira revendo os cd´s, vendo o dvd do Roberto e Caetano cantando Tom Jobim, depois ouvimos uma sessão de Michael Jakson. fizemos uma sessão de descarte daqueles cd´s que já não nos dizem mais nada. Rimos á beça de alguns cd´s. à tarde fomos ao Teresina Shopping para fazer compras. conversamos, comemos e nos divertimos.
Resolvi fazer faxina na minha caixa de CD´s com as minhas filhas e descobrimos tantas coisas engraçadas, algumas relíquias da infãncia e outros bem antigos. ficamos a manhã inteira revendo os cd´s, vendo o dvd do Roberto e Caetano cantando Tom Jobim, depois ouvimos uma sessão de Michael Jakson. fizemos uma sessão de descarte daqueles cd´s que já não nos dizem mais nada. Rimos á beça de alguns cd´s. à tarde fomos ao Teresina Shopping para fazer compras. conversamos, comemos e nos divertimos.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Ferreira Gullar - Metade
Metade
Que a força do medo que eu tenho,
não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo o que acredito
não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito,
mas a outra metade é silêncio...
Que a música que eu ouço ao longe,
seja linda, ainda que triste...
Que a mulher que eu amo
seja para sempre amada
mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida,
mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
não sejam ouvidas como prece
e nem repetidas com fervor,
apenas respeitadas,
como a única coisa que resta
a um homem inundado de sentimentos.
Porque metade de mim é o que ouço,
mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz
que eu mereço.
E que essa tensão
que me corrói por dentro
seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que eu penso,
mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste
e que o convívio comigo mesmo
se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto,
um doce sorriso,
que me lembro ter dado na infância.
Porque metade de mim
é a lembrança do que fui,
a outra metade eu não sei.
Que não seja preciso
mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio
me fale cada vez mais.
Porque metade de mim
é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta,
mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar
porque é preciso simplicidade
para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é platéia
e a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor,
e a outra metade...
também
feliz
aniversário
Para Julieta,, Nazaré (minha irmã) e Gil
Que a força do medo que eu tenho,
não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo o que acredito
não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito,
mas a outra metade é silêncio...
Que a música que eu ouço ao longe,
seja linda, ainda que triste...
Que a mulher que eu amo
seja para sempre amada
mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida,
mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
não sejam ouvidas como prece
e nem repetidas com fervor,
apenas respeitadas,
como a única coisa que resta
a um homem inundado de sentimentos.
Porque metade de mim é o que ouço,
mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz
que eu mereço.
E que essa tensão
que me corrói por dentro
seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que eu penso,
mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste
e que o convívio comigo mesmo
se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto,
um doce sorriso,
que me lembro ter dado na infância.
Porque metade de mim
é a lembrança do que fui,
a outra metade eu não sei.
Que não seja preciso
mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio
me fale cada vez mais.
Porque metade de mim
é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta,
mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar
porque é preciso simplicidade
para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é platéia
e a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor,
e a outra metade...
também
feliz
aniversário
Para Julieta,, Nazaré (minha irmã) e Gil
Leonardo Attuch - Moral da História
Moral da história
Aquela que seria a prova definitiva do Mensalão virou o maior retrato do sucesso da era Lula
Istoé 2069 - 08/07/2009
Se La Fontaine fosse vivo e circulasse pelo Brasil de hoje, ele não escreveria mais sobre raposas e uvas, lebres e tartarugas ou leões e ratos. A fábula perfeita de La Fontaine, que resumiria a era Lula, caberia numa só palavra: Visanet. Em 2005, esta empresa, maior processadora de cartões de crédito na América Latina, era o Santo Graal da oposição. O caso Visanet forneceria a única evidência de dinheiro público no escândalo do Mensalão. Estruturada como um consórcio de várias instituições financeiras, entre elas o Banco do Brasil, a Visanet tinha um fundo de verbas publicitárias, cuja destinação era decidida por cada um dos bancos associados. No caso do BB, a agência escolhida, no início do governo Lula, foi a DNA, do empresário Marcos Valério, que recebeu uma antecipação de R$ 58,3 milhões. Um valor muito próximo aos empréstimos que Valério havia conseguido levantar para que o PT pagasse duas dívidas da campanha presidencial de 2002.
A evidência parecia tão forte que o caso acabou sendo o capítulo mais importante da peça de denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, contra os 40 acusados no processo do Mensalão - a Visanet era o miolo da picanha. Naquele momento, a oposição movimentava-se com a agilidade de uma lebre e o governo Lula, atordoado e jogado às cordas, andava a passos de tartaruga. Mas assim como na fábula de Esopo, recontada por La Fontaine, a lebre se imaginava tão perto da linha de chegada que decidiu dormir um pouco para descansar. E a tartaruga continuou se movendo. Os anos se passaram, o Mensalão foi esquecido e a economia brasileira virou a bola da vez. Resultado: na semana passada, a Visanet fez o maior lançamento de ações do mundo em 2009. A empresa levantou R$ 8,3 bilhões e houve filas de investidores - nacionais e internacionais - para comprar os papéis da empresa. A razão é bem simples. O consumo no Brasil não pára de crescer e os cartões de crédito chegaram a todas as classes sociais. A Visanet, que provaria o uso de recursos públicos no Mensalão, virou a maior prova do sucesso da era Lula. É o retrato de um Brasil que, feliz, vai às compras.
Tendo perdido a oportunidade de derrubar o governo Lula, a oposição, antes lebre adormecida, passou a se comportar como a raposa que vê um cacho delicioso de uvas e não consegue alcançá-lo. E, assim como na fábula de La Fontaine, afasta-se do cacho dizendo que as uvas ainda estavam verdes. O impeachment de Lula, cogitado pelos oposicionistas em 2005, ficou para trás. Moral da história: se você não for ágil o suficiente para devorar o miolo da picanha, alguém fará isso em seu lugar. E pagará com cartões de crédito.
Aquela que seria a prova definitiva do Mensalão virou o maior retrato do sucesso da era Lula
Istoé 2069 - 08/07/2009
Se La Fontaine fosse vivo e circulasse pelo Brasil de hoje, ele não escreveria mais sobre raposas e uvas, lebres e tartarugas ou leões e ratos. A fábula perfeita de La Fontaine, que resumiria a era Lula, caberia numa só palavra: Visanet. Em 2005, esta empresa, maior processadora de cartões de crédito na América Latina, era o Santo Graal da oposição. O caso Visanet forneceria a única evidência de dinheiro público no escândalo do Mensalão. Estruturada como um consórcio de várias instituições financeiras, entre elas o Banco do Brasil, a Visanet tinha um fundo de verbas publicitárias, cuja destinação era decidida por cada um dos bancos associados. No caso do BB, a agência escolhida, no início do governo Lula, foi a DNA, do empresário Marcos Valério, que recebeu uma antecipação de R$ 58,3 milhões. Um valor muito próximo aos empréstimos que Valério havia conseguido levantar para que o PT pagasse duas dívidas da campanha presidencial de 2002.
A evidência parecia tão forte que o caso acabou sendo o capítulo mais importante da peça de denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, contra os 40 acusados no processo do Mensalão - a Visanet era o miolo da picanha. Naquele momento, a oposição movimentava-se com a agilidade de uma lebre e o governo Lula, atordoado e jogado às cordas, andava a passos de tartaruga. Mas assim como na fábula de Esopo, recontada por La Fontaine, a lebre se imaginava tão perto da linha de chegada que decidiu dormir um pouco para descansar. E a tartaruga continuou se movendo. Os anos se passaram, o Mensalão foi esquecido e a economia brasileira virou a bola da vez. Resultado: na semana passada, a Visanet fez o maior lançamento de ações do mundo em 2009. A empresa levantou R$ 8,3 bilhões e houve filas de investidores - nacionais e internacionais - para comprar os papéis da empresa. A razão é bem simples. O consumo no Brasil não pára de crescer e os cartões de crédito chegaram a todas as classes sociais. A Visanet, que provaria o uso de recursos públicos no Mensalão, virou a maior prova do sucesso da era Lula. É o retrato de um Brasil que, feliz, vai às compras.
Tendo perdido a oportunidade de derrubar o governo Lula, a oposição, antes lebre adormecida, passou a se comportar como a raposa que vê um cacho delicioso de uvas e não consegue alcançá-lo. E, assim como na fábula de La Fontaine, afasta-se do cacho dizendo que as uvas ainda estavam verdes. O impeachment de Lula, cogitado pelos oposicionistas em 2005, ficou para trás. Moral da história: se você não for ágil o suficiente para devorar o miolo da picanha, alguém fará isso em seu lugar. E pagará com cartões de crédito.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
É treva!
Palavrinha da moda para traduzir tudo que é ruim. é treva emgerpi,Sarney, o homem do castelo...
Chico Buarque - Futuros amantes
Há muito tempo não ouvia esta música. Estava agora no Café Café ouvindo a Soraya Castelo Branco cantar Chico e Tom Jobim e foi muito bom. Esta foi a última, quando eu já estava saindo. e por falar em Chico, que está na FLIP com o seu Leite Derramado, foi um verdadeiro frisson a sua chegada. É um sessentão que vale a pena ver, ouvir e ler.
Futuros Amantes
Chico Buarque
Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar
E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização
Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você
Futuros Amantes
Chico Buarque
Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar
E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização
Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você
Lanterna dos Afogados
Alguém já se sentiu assim? Algumas vezes a gente pensa que sim, mas é só olhar a vida com olhos diferentes para as coisas mudarem. é bem melhor ver la bella luna.
Lanterna Dos Afogados
Composição: Hebert Vianna
Quando tá escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar
Há uma luz no túnel dos desesperados
Há um cais de porto
Pra quem precisa chegar
Eu estou na lanterna dos afogados
Eu estou te esperando
Vê se não vai demorar
Uma noite longa
Pra uma vida curta
Mas já não me importa
Basta poder te ajudar
E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mas ainda sei me virar
Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar
La Bella Luna
Herbet Viana
Por mais que eu pense
Que eu sinta, que eu fale
Tem sempre alguma coisa por dizer
Por mais que o mundo dê voltas
Em torno do sol, vem a lua me
Enlouquecer
A noite passada
Você veio me ver
A noite passada
Eu sonhei com você
Ó lua de cosmo
No céu estampada
Permita que eu possa adormecer
Quem sabe, de novo nessa madrugada
Ela resolva aparecer
A noite passada
Você veio me ver
A noite passada
Eu sonhei com você
...
Lanterna Dos Afogados
Composição: Hebert Vianna
Quando tá escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar
Há uma luz no túnel dos desesperados
Há um cais de porto
Pra quem precisa chegar
Eu estou na lanterna dos afogados
Eu estou te esperando
Vê se não vai demorar
Uma noite longa
Pra uma vida curta
Mas já não me importa
Basta poder te ajudar
E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mas ainda sei me virar
Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar
La Bella Luna
Herbet Viana
Por mais que eu pense
Que eu sinta, que eu fale
Tem sempre alguma coisa por dizer
Por mais que o mundo dê voltas
Em torno do sol, vem a lua me
Enlouquecer
A noite passada
Você veio me ver
A noite passada
Eu sonhei com você
Ó lua de cosmo
No céu estampada
Permita que eu possa adormecer
Quem sabe, de novo nessa madrugada
Ela resolva aparecer
A noite passada
Você veio me ver
A noite passada
Eu sonhei com você
...
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Rosa Kapila
FOME OCULTA
“Boca de mel,coração de fel”
( Provérbio Português )
Quebrei um ovo no meio do redemoinho
/de meu pirão.
Queria sustância para enfrentar
/o diabo que está sempre procurando
/alguém para devorar.
do blog rosakapila.zip
“Boca de mel,coração de fel”
( Provérbio Português )
Quebrei um ovo no meio do redemoinho
/de meu pirão.
Queria sustância para enfrentar
/o diabo que está sempre procurando
/alguém para devorar.
do blog rosakapila.zip
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