Vulcão
A Ti
Deixa amar-te
Que o meu coração desespera.
Deixa-me tocar-te
Que o desejo sufoca-me.
Deixa-me beijar-te que o tempo
Escasseia.
Deixa-me olhar-te
Que os meus olhos reclamam.
LGA
Nascemos Para Amar
acrilico sobre tela - 30x12cm - ano 2003
Evitei o quanto pude, mas não posso mais. Preciso falar sobre o amor. Só agora me sinto confortável para poder escrever sobre esse assunto. Não tenho mais noção de nada, ridiculamente fora do alcance de qualquer aviso. Já não me importa a opinião alheia, quem quiser que me condene por ser feliz. Não a felicidade previsível e segura que não conta com riscos, quero a minha sentença baseada na felicidade irresponsável, inacreditável, além do entendimento. Amar e ser o melhor que jamais se sonhou. Ser feliz e fazer feliz, estar tão irremediavelmente bem, que ninguém necessita perguntar para saber. Tornar a minha companhia, insuportavelmente agradável e alegre, me desculpe quem por algum motivo obscuro se incomodar com isso. Há como escrever sobre o amor sem ser brega, mas não há como estar amando e escrever sobre o amor sem se arriscar a parecer absurdo, exagerado.
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O amor, o impossível e inverossímil, tem que tornar o casal melhor, fazê-lo perder o medo, a vergonha, ser superlativo e retumbante, ecoar e ricochetar em cada fato e instante. Quebrar todas as amarras, certezas, verdades absolutas, doer quando machucar e fazer até a alma gozar quando amar. Cristalizar sonhos, materializar ilusões, percorrer imensidões, duvidar do limite. Cantar e dançar alucinado no dia e na noite. Acordado ou dormindo. Oferecer liberdade. Só com a poesia ou com a loucura é possível traduzir o amor, eu estou munido de ambos. E amando. Ana
Só queria ter
Acrilico sobre tela - 50x80cm - Ano 2008
Um céu sempre azul
E à noite estrelas a brilhar,
E saber o homem livre
Como o sopro do vento.
Só queria ter pão,
Uma casa simples
Com àrvores em redor
E aves a cantar,
E claro o meu amor
Para beijar.
José Infante
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