Para Sartre, a morte tira todo o significado da vida, pois a morte é a certeza de que o nada nos espera.Já para Heidegger é justamente o contrário: é a morte que dá sentido à vida.E eu que sou como Alberto Caeiro e não tenho mais filosofia:só sentidos,não penso e não quero mais pensar.Contudo,creio que a vida só vale se a gente amou e foi amado.
Morrer é fato.Não há como fugir da consciência de nossa finitude.Nascemos sabendo onde o destino vai desembocar.Porém, se aceitarmos o convite para sairmos de nós mesmos, exerceremos o amor em sua plenitude e conquistaremos a nossa maturidade.
Nesse sentido, a vida ganha outra dimensão e sobrevive para além da morte à medida que a nossa partida resiste até a nossa própria ausência, especialmente, para aqueles com quem criamos um vínculo de amor verdadeiro.
Acima de tudo, apenas nós mesmos podemos dar sentido à nossa existência.Dessa forma, devemos viver da melhor maneira possível, sem jamais nos esquecermos de que as nossas atitudes morrem conosco, mas não morrem na memória alheia.
Karla Bardanza
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
O QUE É O AMOR
Essa música foi parte da trilha sonora de um seriado chamado Riacho Doce. Ela é linda. Um dia vi o Danilo Caymmi cantando-a no Fantástico e me apaixonei por ela.
O Que É o Amor
Danilo Caymmi
O que é o amor, onde vai dar,
Parece não ter fim
Uma canção cheirando a mar,
Que bate forte em mim
O que me dá meu coração
Que eu canto pra não chorar
O que é o amor, onde vai dar
Porque me deixa assim
O que é o amor, onde vai dar,
Luar perdido em mim ..
Por toda Eternidade
Danilo Caymmi
O amor
Me pegou
Se trancou em mim
Seu olhar
Me encantou
Me deixou assim
O amor
Atravessou
O tempo, a tempestade
Pra você
Nunca mais sentir saudade
O amor
Quis brincar
Se escondeu em mim
Quem mandou
Me encantar
Me deixar assim
O amor
Atravessou
O tempo, a tempestade
Pra você
Nunca mais sentir saudade
O amor
Enfrentou
O tempo, a tempestade
Por você
E por toda a eternidade
O Que É o Amor
Danilo Caymmi
O que é o amor, onde vai dar,
Parece não ter fim
Uma canção cheirando a mar,
Que bate forte em mim
O que me dá meu coração
Que eu canto pra não chorar
O que é o amor, onde vai dar
Porque me deixa assim
O que é o amor, onde vai dar,
Luar perdido em mim ..
Por toda Eternidade
Danilo Caymmi
O amor
Me pegou
Se trancou em mim
Seu olhar
Me encantou
Me deixou assim
O amor
Atravessou
O tempo, a tempestade
Pra você
Nunca mais sentir saudade
O amor
Quis brincar
Se escondeu em mim
Quem mandou
Me encantar
Me deixar assim
O amor
Atravessou
O tempo, a tempestade
Pra você
Nunca mais sentir saudade
O amor
Enfrentou
O tempo, a tempestade
Por você
E por toda a eternidade
sábado, 27 de dezembro de 2008
QUERO
"Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.
Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?
Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.
Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.
No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.
Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor."
Carlos Drummond de Andrade
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.
Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?
Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.
Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.
No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.
Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor."
Carlos Drummond de Andrade
FELIZ 2009
Uma receita de ano novo diferente para todos vocês
RECEITA DE ANO NOVO (Carlos Drummond de Andrade)
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Um pessoa muito bacana e querida me mandou esta mensagem e como a felicidade deve ser democrática, eu, também, estou postando pra vocês. Amar é contagiante e faz bem ao corpo e ao espírito.
Como posso ser feliz se não mudo minha atitude?
Eunice Ferrari
"Nutre a natureza do teu espírito para que te proteja na desgraça inesperada, porém não te angusties com fantasias".
Não me canso de falar sobre felicidade, pois acredito que nosso dever como ser humano é buscá-la incessantemente, sem descanso. Certamente a felicidade faz parte dos planos de todos nós desde o momento que nascemos.
Enquanto crianças ou adolescentes acreditamos que ela é um direito apenas de alguns poucos indivíduos, mas quando nos tornamos maduros, adultos, devemos entender que a felicidade pode ser construída diariamente, conscientemente, que faz parte da escolha de um caminho de vida. Não é fantástica a idéia da felicidade como algo que pertence a todos e cabe a nós construí-la?
A possibilidade da construção da felicidade como meta de vida, deve partir de uma vontade quase cega e deve ser vista como um propósito consciente e único na vida. Precisamos ter claro que quando fazemos essa opção não podemos nos dispersar com coisas pequenas, questões sem peso real.
Você já parou para pensar quanto tempo perdemos e o quanto nos desgastamos com questões passageiras? Permitimos que problemas efêmeros contaminem nosso dia a dia sem nos darmos conta que o tempo que temos neste planeta é muito pequeno e passa depressa demais. Brigamos neuroticamente com tudo e todos, sem perceber que estamos em briga com nós mesmos!
Você não percebe que cada minuto de sua vida é precioso, cada minuto que deixa passar já faz parte do passado? Acabou, não volta nunca mais, você perdeu...ou ganhou se tiver consciência do quanto a vida é efêmera e do quanto alguns problemas só existem em nossas mentes doentias.
Podemos transformar nosso dia num inferno, mas se escolhermos a construção da felicidade, devemos estar atentos para as pequenas e boas coisas que na maioria das vezes passam despercebidas por nós.
Você já parou para pensar que não temos nenhuma garantia na vida, com relação a nada? Que a segurança que buscamos é pura ilusão, que precisamos aprender a viver no momento presente com intensidade e esperança? Nossa vida pode acabar de um momento para outro e aí? O que fizemos dela?
Pare e reflita sobre o significado que cada coisa tem para você. Cada pessoa que está ao seu lado, o seu chefe, o seu vizinho, seus filhos, esposa ou marido, o que você tem feito para fazê-los felizes? Você já percebeu que um sorriso pode mudar uma relação?
Uma reação diferente da que você costuma ter, algo que surpreenda quem está ao seu lado, uma palavra, um abraço, um olhar carregado de ternura pode transformar toda dinâmica de um dia inteiro.
Reaja de maneira diferente da costumeira, surpreenda e veja o resultado. Mude, escolha vibrar em uma sintonia mais elevada. Não tenha medo de sorrir, de amar e dizer que ama, de precisar e dizer que precisa, seja acolhedor, abra seu coração e deixe a vida entrar.
Mesmo que esteja doente, não se coloque na posição de doente, lute para que apesar de tudo você possa ser feliz, pois a felicidade não é algo de grande intensidade, é algo simples, um estado de tranqüilidade. Esqueça todas as definições que aprendeu sobre ela, nenhuma delas fez você se sentir mais feliz. A felicidade não cai do céu, não é só para alguns. Não precisamos ter tudo para sermos felizes, não podemos continuar buscando a felicidade fora de nós.
Perdeu seu amor e está infeliz? É passageiro, garanto a você! Tudo passa! Não se feche para a vida quando ela nega algo a você, deixe o novo entrar, pois se a vida nos tira, ela mesma nos dá de volta algo maior e melhor.
Não se desespere com questões passageiras. Ame! Ame seu marido, seu filho, seu pai, sua mãe, ame apesar de tudo. Escolha amar, pois o amor está dentro de você. Não pense que perdeu seu amor, ninguém nos tira aquilo que nos pertence! O amor está dentro de você, é seu, a pessoa amada é só um catalisador desse amor. Se você escolher amar e, portanto, não fechar seu coração à vida, ela dará a você uma nova pessoa para depositar esse amor que continua dentro de você.
Mas se você se colocar na posição de vítima, se fechará e o amor que está aí, em seu coração, ficará aprisionado sem ninguém para recebê-lo. Não estou com isso minimizando a dor que sentimos quando perdemos alguém que amamos, de forma nenhuma, mas procure não se fechar, pois quando você se fecha a pulsação da vida se esconde e com ela, a felicidade.
Quando escolhemos mudar em direção às coisas positivas da vida, aos sentimentos que nos fazem vibrar, tudo muda ao nosso redor. Nossa vida se transforma em outra vida, as pessoas que não agüentam esse nível de vibração se afastarão de nós e atrairemos pessoas bem mais interessantes do que aquelas que tivemos ao nosso lado até então. Pare para refletir e se pergunte:
- Por que será que é tão difícil me preservar dos problemas e da infelicidade que eles me trazem?
- Por que estou sempre fazendo escolhas que me fazem infeliz?
- Por que sempre encontro pessoas que me remetem aos mesmos sentimentos negativos?
- Por que é tão difícil me sentir feliz?
- Qual a freqüência energética de minha vibração?
- Quanto tenho amado?
Comece devagar. Primeiro investigue dentro de você os sentimentos de auto-estima, vaidade pessoal, arrogância, ganância, agressividade, desprezo, e outros tantos que todos nós trazemos dentro de nossos corações machucados. Escreva em um papel e avalie cada.
Depois, comece o trabalho de mudança de cada um deles. No começo será muito difícil, mas com o tempo, tudo caminhará com mais facilidade. Fique atento às pequenas reações e faça diferente.
Seja mais tolerante àquelas perguntas que irritam, àquele barulho em hora indevida, àquela atitude que se repete, seja mais amigo, explique ao invés de gritar, sorria com amor ao invés de ironizar. Mude sua atitude. Sem atitude nada muda e sem mudança, não conseguiremos alcançar nossa meta, a felicidade.
Enfim, ”a felicidade participa da lógica da flor: não há como separar sua beleza, de sua fragilidade e de seu fenecimento”. Pedro Demo
RECEITA DE ANO NOVO (Carlos Drummond de Andrade)
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Um pessoa muito bacana e querida me mandou esta mensagem e como a felicidade deve ser democrática, eu, também, estou postando pra vocês. Amar é contagiante e faz bem ao corpo e ao espírito.
Como posso ser feliz se não mudo minha atitude?
Eunice Ferrari
"Nutre a natureza do teu espírito para que te proteja na desgraça inesperada, porém não te angusties com fantasias".
Não me canso de falar sobre felicidade, pois acredito que nosso dever como ser humano é buscá-la incessantemente, sem descanso. Certamente a felicidade faz parte dos planos de todos nós desde o momento que nascemos.
Enquanto crianças ou adolescentes acreditamos que ela é um direito apenas de alguns poucos indivíduos, mas quando nos tornamos maduros, adultos, devemos entender que a felicidade pode ser construída diariamente, conscientemente, que faz parte da escolha de um caminho de vida. Não é fantástica a idéia da felicidade como algo que pertence a todos e cabe a nós construí-la?
A possibilidade da construção da felicidade como meta de vida, deve partir de uma vontade quase cega e deve ser vista como um propósito consciente e único na vida. Precisamos ter claro que quando fazemos essa opção não podemos nos dispersar com coisas pequenas, questões sem peso real.
Você já parou para pensar quanto tempo perdemos e o quanto nos desgastamos com questões passageiras? Permitimos que problemas efêmeros contaminem nosso dia a dia sem nos darmos conta que o tempo que temos neste planeta é muito pequeno e passa depressa demais. Brigamos neuroticamente com tudo e todos, sem perceber que estamos em briga com nós mesmos!
Você não percebe que cada minuto de sua vida é precioso, cada minuto que deixa passar já faz parte do passado? Acabou, não volta nunca mais, você perdeu...ou ganhou se tiver consciência do quanto a vida é efêmera e do quanto alguns problemas só existem em nossas mentes doentias.
Podemos transformar nosso dia num inferno, mas se escolhermos a construção da felicidade, devemos estar atentos para as pequenas e boas coisas que na maioria das vezes passam despercebidas por nós.
Você já parou para pensar que não temos nenhuma garantia na vida, com relação a nada? Que a segurança que buscamos é pura ilusão, que precisamos aprender a viver no momento presente com intensidade e esperança? Nossa vida pode acabar de um momento para outro e aí? O que fizemos dela?
Pare e reflita sobre o significado que cada coisa tem para você. Cada pessoa que está ao seu lado, o seu chefe, o seu vizinho, seus filhos, esposa ou marido, o que você tem feito para fazê-los felizes? Você já percebeu que um sorriso pode mudar uma relação?
Uma reação diferente da que você costuma ter, algo que surpreenda quem está ao seu lado, uma palavra, um abraço, um olhar carregado de ternura pode transformar toda dinâmica de um dia inteiro.
Reaja de maneira diferente da costumeira, surpreenda e veja o resultado. Mude, escolha vibrar em uma sintonia mais elevada. Não tenha medo de sorrir, de amar e dizer que ama, de precisar e dizer que precisa, seja acolhedor, abra seu coração e deixe a vida entrar.
Mesmo que esteja doente, não se coloque na posição de doente, lute para que apesar de tudo você possa ser feliz, pois a felicidade não é algo de grande intensidade, é algo simples, um estado de tranqüilidade. Esqueça todas as definições que aprendeu sobre ela, nenhuma delas fez você se sentir mais feliz. A felicidade não cai do céu, não é só para alguns. Não precisamos ter tudo para sermos felizes, não podemos continuar buscando a felicidade fora de nós.
Perdeu seu amor e está infeliz? É passageiro, garanto a você! Tudo passa! Não se feche para a vida quando ela nega algo a você, deixe o novo entrar, pois se a vida nos tira, ela mesma nos dá de volta algo maior e melhor.
Não se desespere com questões passageiras. Ame! Ame seu marido, seu filho, seu pai, sua mãe, ame apesar de tudo. Escolha amar, pois o amor está dentro de você. Não pense que perdeu seu amor, ninguém nos tira aquilo que nos pertence! O amor está dentro de você, é seu, a pessoa amada é só um catalisador desse amor. Se você escolher amar e, portanto, não fechar seu coração à vida, ela dará a você uma nova pessoa para depositar esse amor que continua dentro de você.
Mas se você se colocar na posição de vítima, se fechará e o amor que está aí, em seu coração, ficará aprisionado sem ninguém para recebê-lo. Não estou com isso minimizando a dor que sentimos quando perdemos alguém que amamos, de forma nenhuma, mas procure não se fechar, pois quando você se fecha a pulsação da vida se esconde e com ela, a felicidade.
Quando escolhemos mudar em direção às coisas positivas da vida, aos sentimentos que nos fazem vibrar, tudo muda ao nosso redor. Nossa vida se transforma em outra vida, as pessoas que não agüentam esse nível de vibração se afastarão de nós e atrairemos pessoas bem mais interessantes do que aquelas que tivemos ao nosso lado até então. Pare para refletir e se pergunte:
- Por que será que é tão difícil me preservar dos problemas e da infelicidade que eles me trazem?
- Por que estou sempre fazendo escolhas que me fazem infeliz?
- Por que sempre encontro pessoas que me remetem aos mesmos sentimentos negativos?
- Por que é tão difícil me sentir feliz?
- Qual a freqüência energética de minha vibração?
- Quanto tenho amado?
Comece devagar. Primeiro investigue dentro de você os sentimentos de auto-estima, vaidade pessoal, arrogância, ganância, agressividade, desprezo, e outros tantos que todos nós trazemos dentro de nossos corações machucados. Escreva em um papel e avalie cada.
Depois, comece o trabalho de mudança de cada um deles. No começo será muito difícil, mas com o tempo, tudo caminhará com mais facilidade. Fique atento às pequenas reações e faça diferente.
Seja mais tolerante àquelas perguntas que irritam, àquele barulho em hora indevida, àquela atitude que se repete, seja mais amigo, explique ao invés de gritar, sorria com amor ao invés de ironizar. Mude sua atitude. Sem atitude nada muda e sem mudança, não conseguiremos alcançar nossa meta, a felicidade.
Enfim, ”a felicidade participa da lógica da flor: não há como separar sua beleza, de sua fragilidade e de seu fenecimento”. Pedro Demo
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
FELIZ NATAL
Para os meus amigos, familiares e para todos aqueles que me vêem aqui, que o Natal seja realmente um momento de reflexão, de renascimento e de esperança em mundo melhor. Depois de um ano com tantas mazelas e injustiças -e sabemos que elas não vão acabar- só nos resta tentar outra vez, viver. Por isso escolhi estas músicas pra vocês.
Meus bons amigos
Barão Vermelho
Meus bons amigos, onde estão?
Notícias de todos quero saber
Cada um fez sua vida
De forma diferente
Às vezes me pergunto
Malditos ou inocentes?
Nossos sonhos, realidades
Todas as vertigens, crueldades
Sobre nossos ombros
Aprendemos a carregar
Toda a vontade que faz vingar
No bem que fez prá mim
Assim, assim
Me fez feliz, assim...
O amor sem fim
Não esconde o medo
De ser completo
E imperfeito...
Meus bons amigos, onde estão?
Notícias de todos quero saber
Sobre nossos ombros
Aprendemos a carregar
Toda a vontade que faz vingar
No bem que fez pra mim
Assim, assim
Me fez feliz, assim...
O amor sem fim
Não esconde o medo
De ser completo
E imperfeito
Não, não, não
O amor sem fim
Não esconde o medo
De ser completo
E imperfeito...
Tente Outra Vez
Raul Seixas
Composição: Raul Seixas / Marcelo Motta / Paulo Coelho
Veja!
Não diga que a canção
Está perdida
Tenha em fé em Deus
Tenha fé na vida
Tente outra vez!...
Beba! (Beba!)
Pois a água viva
Ainda tá na fonte
(Tente outra vez!)
Você tem dois pés
Para cruzar a ponte
Nada acabou!
Não! Não! Não!...
Oh! Oh! Oh! Oh!
Tente!
Levante sua mão sedenta
E recomece a andar
Não pense
Que a cabeça agüenta
Se você parar
Não! Não! Não!
Não! Não! Não!...
Há uma voz que canta
Uma voz que dança
Uma voz que gira
(Gira!)
Bailando no ar
Uh! Uh! Uh!...
Queira! (Queira!)
Basta ser sincero
E desejar profundo
Você será capaz
De sacudir o mundo
Vai!
Tente outra vez!
Humrum!...
Tente! (Tente!)
E não diga
Que a vitória está perdida
Se é de batalhas
Que se vive a vida
Han!
Tente outra vez!...
Meus bons amigos
Barão Vermelho
Meus bons amigos, onde estão?
Notícias de todos quero saber
Cada um fez sua vida
De forma diferente
Às vezes me pergunto
Malditos ou inocentes?
Nossos sonhos, realidades
Todas as vertigens, crueldades
Sobre nossos ombros
Aprendemos a carregar
Toda a vontade que faz vingar
No bem que fez prá mim
Assim, assim
Me fez feliz, assim...
O amor sem fim
Não esconde o medo
De ser completo
E imperfeito...
Meus bons amigos, onde estão?
Notícias de todos quero saber
Sobre nossos ombros
Aprendemos a carregar
Toda a vontade que faz vingar
No bem que fez pra mim
Assim, assim
Me fez feliz, assim...
O amor sem fim
Não esconde o medo
De ser completo
E imperfeito
Não, não, não
O amor sem fim
Não esconde o medo
De ser completo
E imperfeito...
Tente Outra Vez
Raul Seixas
Composição: Raul Seixas / Marcelo Motta / Paulo Coelho
Veja!
Não diga que a canção
Está perdida
Tenha em fé em Deus
Tenha fé na vida
Tente outra vez!...
Beba! (Beba!)
Pois a água viva
Ainda tá na fonte
(Tente outra vez!)
Você tem dois pés
Para cruzar a ponte
Nada acabou!
Não! Não! Não!...
Oh! Oh! Oh! Oh!
Tente!
Levante sua mão sedenta
E recomece a andar
Não pense
Que a cabeça agüenta
Se você parar
Não! Não! Não!
Não! Não! Não!...
Há uma voz que canta
Uma voz que dança
Uma voz que gira
(Gira!)
Bailando no ar
Uh! Uh! Uh!...
Queira! (Queira!)
Basta ser sincero
E desejar profundo
Você será capaz
De sacudir o mundo
Vai!
Tente outra vez!
Humrum!...
Tente! (Tente!)
E não diga
Que a vitória está perdida
Se é de batalhas
Que se vive a vida
Han!
Tente outra vez!...
domingo, 14 de dezembro de 2008
Sobre o ofício de escrever
Frases de Hemingway
“São somente duas as verdades absolutas em relação à escrita. Uma delas é que, se você fizer amor enquanto estiver emperrado ao escrever um romance, você corre o risco de deixar as melhores partes do romance sobre a cama; a outra é que a integridade de um escritor é como a virgindade de uma mulher - uma vez perdida, nunca mais é recuperada”.
“Quando um homem tem a habilidade de escrever e o desejo de escrever, não há crítico que possa causar danos a seu trabalho se este for bom, ou salvá-lo se for ruim”.
“No início da carreira, o autor obtém um enorme prazer com aquilo que escreve, e o leitor, nenhum. Passado um tempo, tanto o escritor quanto o leitor obtêm um prazer pequeno. Finalmente, se o escritor tiver realmente alguma qualidade, ele não obterá o mínimo prazer, e o prazer total caberá ao leitor”.
“Um livro sobre o qual você fala é um livro que você não escreve”.
“Não há temas contemporâneos. Os temas sempre foram o amor, a ausência deste, a morte e a fuga ocasional e temporária dela, a que damos o nome de vida, a imortalidade ou a mortalidade da alma, o dinheiro, a honra e a política”.
“O dom mais essencial que um bom escritor pode ter é um detector de merda embutido à prova de choques. Este é o radar do escritor, e todos os grandes escritores já o tiveram ou o têm”.
“A coisa mais rara que existe é encontrar felicidade entre as pessoas inteligentes”.
postado por Luciano Trigo emhttp://colunas.g1.com.br/maquinadeescrever/
“São somente duas as verdades absolutas em relação à escrita. Uma delas é que, se você fizer amor enquanto estiver emperrado ao escrever um romance, você corre o risco de deixar as melhores partes do romance sobre a cama; a outra é que a integridade de um escritor é como a virgindade de uma mulher - uma vez perdida, nunca mais é recuperada”.
“Quando um homem tem a habilidade de escrever e o desejo de escrever, não há crítico que possa causar danos a seu trabalho se este for bom, ou salvá-lo se for ruim”.
“No início da carreira, o autor obtém um enorme prazer com aquilo que escreve, e o leitor, nenhum. Passado um tempo, tanto o escritor quanto o leitor obtêm um prazer pequeno. Finalmente, se o escritor tiver realmente alguma qualidade, ele não obterá o mínimo prazer, e o prazer total caberá ao leitor”.
“Um livro sobre o qual você fala é um livro que você não escreve”.
“Não há temas contemporâneos. Os temas sempre foram o amor, a ausência deste, a morte e a fuga ocasional e temporária dela, a que damos o nome de vida, a imortalidade ou a mortalidade da alma, o dinheiro, a honra e a política”.
“O dom mais essencial que um bom escritor pode ter é um detector de merda embutido à prova de choques. Este é o radar do escritor, e todos os grandes escritores já o tiveram ou o têm”.
“A coisa mais rara que existe é encontrar felicidade entre as pessoas inteligentes”.
postado por Luciano Trigo emhttp://colunas.g1.com.br/maquinadeescrever/
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
SIFU? SIFO? ou a vulgaridade de Lula - Caetano Veloso
SIFU?
6/12/2008 10:35 pm
Não me incomoda muito que o presidente da república tenha usado a expressão “sifo” num discurso no Rio. Conheço pessoas que estavam lá e ficaram revoltadas. Dou-lhes razão. Mas não me abalei muito. Me aborrece mais que todos os jornais do país, ao contar a história, tenham grafado “sifu”. Não entendo a razão. Me parece que assim os jornais mostraram no mínimo tanta vulgaridade quanto Lula. “Sifu”, assim escrita, é uma palavra oxítona. O “u” final cria o problema. Ele entrou aí porque palavras relativas a sexo são vistas como sujas: não têm história. O verbo que está abreviado na segunda sílaba da palavra composta não contém a vogal “u”: é “foder”. Mas leio até em livros eruditos “culhão” no lugar de “colhão”, “buceta” no lugar de “boceta” e “fuder” no lugar de “foder”. “Sifo” é, assim escrita, a palavra paroxítona que o presidente pronunciou - e sua segunda sílaba é a primeira do verbo abreviado. Escrevê-la com um “u” é transformar a primeira página dos jornais brasileiros em parede de banheiro suja de parada de ônibus. Este sou eu: apesar das incertezas a respeito da origem do uso da palavra “veado” para designar “homossexual do sexo masculino”, me sinto mal quando vejo escrito “viado”. Millôr Fernandes escreveu que quem escreve “veado” está dando provas de que é um. Acho que adoro dar esse tipo de prova, pois só grafo “veado”. Primeiro porque sou adepto da tese de que se está dizendo o nome do animal e não algo derivado de “desviado”. Depois porque, na dúvida, preferiria manter a mesma atitude que exijo em relação a “boceta”, “colhão” e “foder”. Cariocas e baianos não escrevem “chuveu” nem pernambucanos, “cibola”. Não. “Sifu” é uma indecência oxítona que a imprensa consagrou.
Implico com a mania - que começou nos anos 70 com a poesia marginal - de se ecrever “homi” (como em “os homi”) em lugar de “home”. Supostamente estão transcrevendo a fala de gente do povo, que não pronuncia o eme final. Leio isso em romances e poemas - até em ensaios. Alguns põem o circunflexo: “os hômi”. Esses ao menos evitam o oxítono fatal. Mas criam uma complicação desnecessária. Suponho que evitam “home” porque os (ainda poucos) brasileiros que lêem iriam pensar tratar-se da palavra inglesa que significa “lar”.
Trecho da postagem SIFU de Caetano Veloso em "obraemprogresso.com.br"
6/12/2008 10:35 pm
Não me incomoda muito que o presidente da república tenha usado a expressão “sifo” num discurso no Rio. Conheço pessoas que estavam lá e ficaram revoltadas. Dou-lhes razão. Mas não me abalei muito. Me aborrece mais que todos os jornais do país, ao contar a história, tenham grafado “sifu”. Não entendo a razão. Me parece que assim os jornais mostraram no mínimo tanta vulgaridade quanto Lula. “Sifu”, assim escrita, é uma palavra oxítona. O “u” final cria o problema. Ele entrou aí porque palavras relativas a sexo são vistas como sujas: não têm história. O verbo que está abreviado na segunda sílaba da palavra composta não contém a vogal “u”: é “foder”. Mas leio até em livros eruditos “culhão” no lugar de “colhão”, “buceta” no lugar de “boceta” e “fuder” no lugar de “foder”. “Sifo” é, assim escrita, a palavra paroxítona que o presidente pronunciou - e sua segunda sílaba é a primeira do verbo abreviado. Escrevê-la com um “u” é transformar a primeira página dos jornais brasileiros em parede de banheiro suja de parada de ônibus. Este sou eu: apesar das incertezas a respeito da origem do uso da palavra “veado” para designar “homossexual do sexo masculino”, me sinto mal quando vejo escrito “viado”. Millôr Fernandes escreveu que quem escreve “veado” está dando provas de que é um. Acho que adoro dar esse tipo de prova, pois só grafo “veado”. Primeiro porque sou adepto da tese de que se está dizendo o nome do animal e não algo derivado de “desviado”. Depois porque, na dúvida, preferiria manter a mesma atitude que exijo em relação a “boceta”, “colhão” e “foder”. Cariocas e baianos não escrevem “chuveu” nem pernambucanos, “cibola”. Não. “Sifu” é uma indecência oxítona que a imprensa consagrou.
Implico com a mania - que começou nos anos 70 com a poesia marginal - de se ecrever “homi” (como em “os homi”) em lugar de “home”. Supostamente estão transcrevendo a fala de gente do povo, que não pronuncia o eme final. Leio isso em romances e poemas - até em ensaios. Alguns põem o circunflexo: “os hômi”. Esses ao menos evitam o oxítono fatal. Mas criam uma complicação desnecessária. Suponho que evitam “home” porque os (ainda poucos) brasileiros que lêem iriam pensar tratar-se da palavra inglesa que significa “lar”.
Trecho da postagem SIFU de Caetano Veloso em "obraemprogresso.com.br"
sábado, 6 de dezembro de 2008
CRASH
Crash
Quando assisti ao filme Crash, no limite, o nome não me chamou muito a atenção. Depois entendi que Crash (batida, choque) que inicia e termina o filme nada mais é do que um soco na consciência. As situações-limites vividas pelos personagens em recortes de cenas individuais que, aparentemente , não têm ligação uma com a outra, nos remetem a questões filosóficas sobre a nossa existência, o ser ou não-ser, o estar ou não-estar no mundo e para quê? O que é a existência? o caminhar sobre a linha tênue dos contrários que está na dialética da vida? E a vida? Que sentido ela nos traz, ou ela não precisa ter sentido, ou ela é senão a interpretação que fazemos dela?
Encontrar um nexo, uma unidade para explicar o sentido do ser e o ponto de passagem do não-ser ao ser e do ser ao não-ser pode nos levar a duas situações: uma, defendida por Junger e outra, por Heidegger. Na visão de Junger, o pensamento deve se situar na fronteira com o nada porque a realidade vai perdendo a sua verdade e talvez seja preciso retornar ao oásis no qual da dor e do perigo pode renascer a esperança, procurando dentro de nós mesmos, transformar a falta em um outro ser; para Heidegger, seria necessário mergulhar e se aprofundar no enigma oculto da existência, repensando o significado do próprio ser e buscar a sua verdade em termos de ausência, de recusa e de subtração.
No filme as personagens são colocadas frente a situações cotidianas que revelam as contradições que vivemos, os nossos preconceitos, a visão que temos do outro e a necessidade de mergulharmos em nós mesmos e repensarmos conceitos.
De tudo isso, creio que a vida, como diz Cecília Meireles, “a vida só é possível reinventada.”. Temos o poder da transformação e podemos refazê-la, talvez colocando cores fortes e marcantes como as de Frida Khalo, imprimindo a versatilidade de um Picasso, a suavidade do impressionismo de Claude Monet ou o surrealismo de Dali.
No mundo há muitas armadilhas F. Gullar
No mundo há muitas armadilhas
e o que é armadilha pode ser refúgio
e o que é refúgio pode ser armadilha
Tua janela por exemplo
aberta para o céu
e uma estrela a te dizer que o homem é nada
ou a manhã espumando na praia
a bater antes de Cabral, antes de Tróia
(há quatro séculos Tomás Bequimão
tomou a cidade, criou uma milícia popular
e depois foi traído, preso, enforcado)
No mundo há muitas armadilhas
e muitas bocas a te dizer
que a vida é pouca
que a vida é louca
E por que não a Bomba? te perguntam.
Por que não a Bomba para acabar com tudo, já
que a vida é louca?
Contudo, olhas o teu filho, o bichinho
que não sabe
que afoito se entranha à vida e quer
a vida
e busca o sol, a bola, fascinado vê
o avião e indaga e indaga
A vida é pouca
a vida é louca
mas não há senão ela.
E não te mataste, essa é a verdade.
Estás preso à vida como numa jaula.
Estamos todos presos
nesta jaula que Gagárin foi o primeiro a ver
de fora e nos dizer: é azul.
E já o sabíamos, tanto
que não te mataste e não vais
te matar
e agüentarás até o fim.
O certo é que nesta jaula há os que têm
e os que não têm
há os que têm tanto que sozinhos poderiam
alimentar a cidade
e os que não têm nem para o almoço de hoje
A estrela mente
o mar sofisma. De fato,
o homem está preso à vida e precisa viver
o homem tem fome
e precisa comer
o homem tem filhos
e precisa criá-los
Há muitas armadilhas no mundo e é preciso quebrá-las.
Quando assisti ao filme Crash, no limite, o nome não me chamou muito a atenção. Depois entendi que Crash (batida, choque) que inicia e termina o filme nada mais é do que um soco na consciência. As situações-limites vividas pelos personagens em recortes de cenas individuais que, aparentemente , não têm ligação uma com a outra, nos remetem a questões filosóficas sobre a nossa existência, o ser ou não-ser, o estar ou não-estar no mundo e para quê? O que é a existência? o caminhar sobre a linha tênue dos contrários que está na dialética da vida? E a vida? Que sentido ela nos traz, ou ela não precisa ter sentido, ou ela é senão a interpretação que fazemos dela?
Encontrar um nexo, uma unidade para explicar o sentido do ser e o ponto de passagem do não-ser ao ser e do ser ao não-ser pode nos levar a duas situações: uma, defendida por Junger e outra, por Heidegger. Na visão de Junger, o pensamento deve se situar na fronteira com o nada porque a realidade vai perdendo a sua verdade e talvez seja preciso retornar ao oásis no qual da dor e do perigo pode renascer a esperança, procurando dentro de nós mesmos, transformar a falta em um outro ser; para Heidegger, seria necessário mergulhar e se aprofundar no enigma oculto da existência, repensando o significado do próprio ser e buscar a sua verdade em termos de ausência, de recusa e de subtração.
No filme as personagens são colocadas frente a situações cotidianas que revelam as contradições que vivemos, os nossos preconceitos, a visão que temos do outro e a necessidade de mergulharmos em nós mesmos e repensarmos conceitos.
De tudo isso, creio que a vida, como diz Cecília Meireles, “a vida só é possível reinventada.”. Temos o poder da transformação e podemos refazê-la, talvez colocando cores fortes e marcantes como as de Frida Khalo, imprimindo a versatilidade de um Picasso, a suavidade do impressionismo de Claude Monet ou o surrealismo de Dali.
No mundo há muitas armadilhas F. Gullar
No mundo há muitas armadilhas
e o que é armadilha pode ser refúgio
e o que é refúgio pode ser armadilha
Tua janela por exemplo
aberta para o céu
e uma estrela a te dizer que o homem é nada
ou a manhã espumando na praia
a bater antes de Cabral, antes de Tróia
(há quatro séculos Tomás Bequimão
tomou a cidade, criou uma milícia popular
e depois foi traído, preso, enforcado)
No mundo há muitas armadilhas
e muitas bocas a te dizer
que a vida é pouca
que a vida é louca
E por que não a Bomba? te perguntam.
Por que não a Bomba para acabar com tudo, já
que a vida é louca?
Contudo, olhas o teu filho, o bichinho
que não sabe
que afoito se entranha à vida e quer
a vida
e busca o sol, a bola, fascinado vê
o avião e indaga e indaga
A vida é pouca
a vida é louca
mas não há senão ela.
E não te mataste, essa é a verdade.
Estás preso à vida como numa jaula.
Estamos todos presos
nesta jaula que Gagárin foi o primeiro a ver
de fora e nos dizer: é azul.
E já o sabíamos, tanto
que não te mataste e não vais
te matar
e agüentarás até o fim.
O certo é que nesta jaula há os que têm
e os que não têm
há os que têm tanto que sozinhos poderiam
alimentar a cidade
e os que não têm nem para o almoço de hoje
A estrela mente
o mar sofisma. De fato,
o homem está preso à vida e precisa viver
o homem tem fome
e precisa comer
o homem tem filhos
e precisa criá-los
Há muitas armadilhas no mundo e é preciso quebrá-las.
5 de Dezembro - dia da Ceiça
Ontem foi o aniversário da minha amiga Ceiça. Não conheço ninguém que goste mais de festejar aniversário do que ela. É um dia mágico pra ela. Ela se aaruma, se veste de alegria e irradia felicidade para todos. São 53 anos bem vividos. fomos todos ao Casarão para festejar com ela. foi uma delícia de festa e teve de tudo: choro, gargalhadas ( a dela, então, é contagiante) e muita conversa jogada fora. Reencontrei a Noris que há tempos eu não via. Passamos o tempo colocando a conversa na ordem do dia. a Noris é uma mulher escandalosamente alegre, irreverente e bom papo. A Rosalvi, que estava acompanhada, ficou morrendo de ciúmes da nossa conversa.Para minha felicidade estavam presentes, também, a Joana, uma pessoa maravilhosa, amiga de muitos anos; Javan e Cláudio, minha filha Laressa (afilhada da Ceiça) e seu namorido Hélio, o Tonho (cabelo fofo), Geísa, Amparo e amigos da Prefeitura.
Pra você, Ceiça, quero dizer o seguinte:
Muito além dos presentes, das flores, dos pratos saborosos e da champagne, há algo que não tem preço, que não está a venda e não se compra. é a amizade sincera, o abraço fraterno, a amor sem condicionalidades e a felicidade que se compartilha. Eu te conheço a mais de 30 anos. você participou da minha vida diária, dos meus altos e baixos, das minhas angústias e das minhas vitórias, foi testemunha de tudo. É minha comadre, minha amiga e minha irmã mesmo com as nossas diferenças. compartilhamos livros, algumas idéias e muitas coisas do cotidiano. Tenho em você uma referência de bondade, generosidade, lealdade. Nunca te vi "de mal" com alguém, mesmo com aqueles que te magoam ou te magoaram ( e aqui eu também me incluo), mas, assim como eu, nós não guardamos rancor, nem maldade, não desejamos o mal pra ninguém. você, minha amiga, é grande, não só no tamanho, mas por tudo de bom que te acompanha como ser humano. Pra você, Fernando Pessoa (Ricardo Reis):
"
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."
Parabéns!
Pra você, Ceiça, quero dizer o seguinte:
Muito além dos presentes, das flores, dos pratos saborosos e da champagne, há algo que não tem preço, que não está a venda e não se compra. é a amizade sincera, o abraço fraterno, a amor sem condicionalidades e a felicidade que se compartilha. Eu te conheço a mais de 30 anos. você participou da minha vida diária, dos meus altos e baixos, das minhas angústias e das minhas vitórias, foi testemunha de tudo. É minha comadre, minha amiga e minha irmã mesmo com as nossas diferenças. compartilhamos livros, algumas idéias e muitas coisas do cotidiano. Tenho em você uma referência de bondade, generosidade, lealdade. Nunca te vi "de mal" com alguém, mesmo com aqueles que te magoam ou te magoaram ( e aqui eu também me incluo), mas, assim como eu, nós não guardamos rancor, nem maldade, não desejamos o mal pra ninguém. você, minha amiga, é grande, não só no tamanho, mas por tudo de bom que te acompanha como ser humano. Pra você, Fernando Pessoa (Ricardo Reis):
"
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."
Parabéns!
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Vidas Secas em Imagens

Vidas secas’ em imagens
Postado por Luciano Trigo em 25 de Novembro de 2008 às 23:52
Romance de Graciliano Ramos completa 70 anos e ganha edição comemorativa, com fotografias de Evandro Teixeira
Para celebrar os 70 anos de um dos maiores clássicos da literatura nacional, chega esta semana às livrarias uma edição comemorativa de Vidas secas, de Graciliano Ramos (Record, 208 pgs. R$99). O texto integral do romance é acompanhado por um ensaio fotográfico de Evandro Teixeira, o mais importante fotojornalista do país, feito especialmente para essa edição. Durante dez dias, Evandro percorreu o sertão de Alagoas e Pernambuco, trilhando os caminhos de Graciliano e registrando os lugares em que nasceram os personagens criados pelo escritor alagoano.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Garanhão do MSN
Um cara que não me recordo o nome - há alguns dias vi essa notinha em um jornal local - disse que estava fazendo uma viagem sexual. Olha que safado! ele agendou pelo MSN mais de 200 mulheres e resolveu verificar in loco a sua performance de conquistador. comprou um carro novo e saiu Brasil a fora atrás das mulheres. disse ele que não abortava a operação nem que a mulher fosse feia de doer ou casada. comia todas. Será que ele vai dar conta?
Essa coisa chamada amor
Diferente do que diz a Clarice, eu não tenho medo. Nunca tive medo de nada.
Para minha amiga Clévia que me chama de "marleneapaixonada". Você, também, Clévia, é uma louca como eu. Espero que tenha gostado do CD da Norah Jones.
"Fico com medo. Mas o coração bate. O amor inexplicável faz o coração bater mais depressa. A garantia única é que nasci. Tu és uma forma de ser eu, e eu uma forma de te ser: eis os limites de minha possibilidade.
Estou numa delícia de se morrer dela. Doce quebranto ao te falar. Mas há a espera. A espera é sentir-me voraz em relação ao futuro. Um dia disseste que me amavas. Finjo acreditar e vivo, de ontem para hoje em amor alegre. Mas lembrar-se com saudade é como se despedir de novo. "
(Crarice Lispector, Água Viva)
"Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!" Clarice Lispector
Há momentos
"Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre."
CLARICE LISPECTOR
Para minha amiga Clévia que me chama de "marleneapaixonada". Você, também, Clévia, é uma louca como eu. Espero que tenha gostado do CD da Norah Jones.
"Fico com medo. Mas o coração bate. O amor inexplicável faz o coração bater mais depressa. A garantia única é que nasci. Tu és uma forma de ser eu, e eu uma forma de te ser: eis os limites de minha possibilidade.
Estou numa delícia de se morrer dela. Doce quebranto ao te falar. Mas há a espera. A espera é sentir-me voraz em relação ao futuro. Um dia disseste que me amavas. Finjo acreditar e vivo, de ontem para hoje em amor alegre. Mas lembrar-se com saudade é como se despedir de novo. "
(Crarice Lispector, Água Viva)
"Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!" Clarice Lispector
Há momentos
"Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre."
CLARICE LISPECTOR
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
NUA - Manoel Bandeira
Lindo, magnífico poema.
Nua - Manuel Bandeira
Quando estás vestida,
Ninguém imagina
Os mundos que escondes
Sob as tuas roupas.
Assim, quando é dia,
Não temos noção
Dos astros que luzem
No profundo céu.
Mas a noite é nua,
E, nua na noite,
Palpitam teus mundos
E os mundos da noite.
Brilham teus joelhos,
Brilha o teu umbigo,
Brilha toda a tua
Lira abdominal.
Teus exíguos
- Como na rijeza
Do tronco robusto
Dois frutos pequenos –
Brilham.
Ah, teus seios!
Teus duros mamilos!
Teu dorso! Teus flancos!
Ah, tuas espáduas!
Se nua, teus olhos
Ficam nus também:
Teu olhar, mais longe,
Mais lento, mais líquido.
Então, dentro deles,
Bóio, nado, salto
Baixo num mergulho
Perpendicular.
Baixo até o mais fundo
De teu ser, lá onde
Me sorri tu’alma
Nua, nua, nua…
do blog princecristal.blogspot.
Nua - Manuel Bandeira
Quando estás vestida,
Ninguém imagina
Os mundos que escondes
Sob as tuas roupas.
Assim, quando é dia,
Não temos noção
Dos astros que luzem
No profundo céu.
Mas a noite é nua,
E, nua na noite,
Palpitam teus mundos
E os mundos da noite.
Brilham teus joelhos,
Brilha o teu umbigo,
Brilha toda a tua
Lira abdominal.
Teus exíguos
- Como na rijeza
Do tronco robusto
Dois frutos pequenos –
Brilham.
Ah, teus seios!
Teus duros mamilos!
Teu dorso! Teus flancos!
Ah, tuas espáduas!
Se nua, teus olhos
Ficam nus também:
Teu olhar, mais longe,
Mais lento, mais líquido.
Então, dentro deles,
Bóio, nado, salto
Baixo num mergulho
Perpendicular.
Baixo até o mais fundo
De teu ser, lá onde
Me sorri tu’alma
Nua, nua, nua…
do blog princecristal.blogspot.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Vieste - Ivan Lins
Vieste
Ivan Lins
Composição: Ivan Lins / Vitor Martins
Vieste na hora exata
Com ares de festa e luas de prata
Vieste com encantos, vieste
Com beijos silvestres colhidos pra mim
Vieste com a natureza
Com as mãos camponesas plantadas em mim
Vieste com a cara e a coragem
Com malas, viagens, prá dentro de mim
Meu amor
Vieste a hora e a tempo
Soltando meus barcos e velas ao vento
Vieste me dando alento
Me olhando por dentro, velando por mim
Vieste de olhos fechados num dia marcado
Sagrado pra mim
Vieste com a cara e a coragem
Com malas, viagens, pra dentro de mim
é linda esta música, um encanto.
O Tempo Me Guardou Você
Ivan Lins
Composição: Ivan Lins & Celso Viáfora
Coisa mais bonita
Onde você estava?
Em que terra, em que país?
Toda minha vida
Sinto que esperava
Por você pra ser feliz
A gente se amava
Antes de se conhecer
O tempo me guardou você
O tempo me guardou você
Coisa mais bonita
Tudo que procuro
E já nem sonhava ter
Você não acredita
O quanto era escuro
Ter a luz e não prever
Pega meu futuro
Jura que não vai perder
O tempo me guardou você
O tempo me guardou você
O tempo me guardou você
Ivan Lins
Composição: Ivan Lins / Vitor Martins
Vieste na hora exata
Com ares de festa e luas de prata
Vieste com encantos, vieste
Com beijos silvestres colhidos pra mim
Vieste com a natureza
Com as mãos camponesas plantadas em mim
Vieste com a cara e a coragem
Com malas, viagens, prá dentro de mim
Meu amor
Vieste a hora e a tempo
Soltando meus barcos e velas ao vento
Vieste me dando alento
Me olhando por dentro, velando por mim
Vieste de olhos fechados num dia marcado
Sagrado pra mim
Vieste com a cara e a coragem
Com malas, viagens, pra dentro de mim
é linda esta música, um encanto.
O Tempo Me Guardou Você
Ivan Lins
Composição: Ivan Lins & Celso Viáfora
Coisa mais bonita
Onde você estava?
Em que terra, em que país?
Toda minha vida
Sinto que esperava
Por você pra ser feliz
A gente se amava
Antes de se conhecer
O tempo me guardou você
O tempo me guardou você
Coisa mais bonita
Tudo que procuro
E já nem sonhava ter
Você não acredita
O quanto era escuro
Ter a luz e não prever
Pega meu futuro
Jura que não vai perder
O tempo me guardou você
O tempo me guardou você
O tempo me guardou você
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