Talvez este poema da Cora Coralina nos dê uma resposta
Nao sei... Se a vida é curta - Cora Coralina
Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura...
Enquanto durar
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Imagine - John Lennon
Imagine
John Lennon
Composição: John Lennon
Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today
Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace
You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one
Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world
You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one
Influência da Língua Inglesa no Brasil
"João da Silva teve um dia estressante. Enfrentou um rush danado e chegou atrasado ao meeting com o sales manager da empresa onde trabalha. Antes do workshop com o expert em top marketing, foi servido um bruch, mas a comida era muito light para sua fome. À tarde, plugou-se na rede e conseguiu dar um download em alguns softwares que precisava para preparar seu paper do dia seguinte. Deletou uns tantos arquivos, pegou sua pick-up e seguiu para o point onde estava marcada uma happy hour. Mais tarde, no flat, ligou para o delivery e traçou um milk-shake e um hamburguer, enquanto assistia ao Non Stop na MTV. À noite, pôs sua camisa mais fashion, comprada num sale do shopping, e foi assistir a Shine no cinema. Voltou para o apart-hotel a tempo de ver um pedaço do seu talk-show preferido na TV.
Para o fictício João da Silva, assim como para muitos brasileiros, a língua portuguesa já não basta para descrever ou compreender o cotidiano. Cercado por anúncios de TV em inglês, músicas em inglês no rádio, cartazes (outdoors) em inglês nas ruas, expressões inglesas no trabalho, pratos em inglês nos cardápios, o brasileiro é quase um estrangeiro em sua própria terra. As grandes cadeias de alimentação espalham suas placas de fast food ou delivery pelas ruas das cidades. A publicidade adora usar palavras em inglês em seus slogans, como se pode ver pelos casos da Nike (Just do it), do Citibank (The Citi never sleeps) ou da Wella (Perfectly you). Recentemente, uma conhecida marca de chocolates estampou: "Páscoa by Kopenhagen". Nos shoppings, as lojas de roupas não fazem liquidação, fazem sale, nem dão descontos de 30% - são 30% off. Em São Paulo, uma placa esclarece que a churrascaria está open today (aberta hoje). Nem os títulos de filmes são mais traduzidos. Lançamentos recentes são Shine ou Crash. Para as distribuidoras, isso significa economia na impressão de cartazes e na criação de um título chamativo em português."
Este foi retirado da reportagem "Yes, nós falamos english", publicada pela Revista Veja, em abril de 1997 e disponível no site:http://acd.ufrj.br/~pead/tema10/estrangeirismos.html
John Lennon
Composição: John Lennon
Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today
Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace
You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one
Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world
You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one
Influência da Língua Inglesa no Brasil
"João da Silva teve um dia estressante. Enfrentou um rush danado e chegou atrasado ao meeting com o sales manager da empresa onde trabalha. Antes do workshop com o expert em top marketing, foi servido um bruch, mas a comida era muito light para sua fome. À tarde, plugou-se na rede e conseguiu dar um download em alguns softwares que precisava para preparar seu paper do dia seguinte. Deletou uns tantos arquivos, pegou sua pick-up e seguiu para o point onde estava marcada uma happy hour. Mais tarde, no flat, ligou para o delivery e traçou um milk-shake e um hamburguer, enquanto assistia ao Non Stop na MTV. À noite, pôs sua camisa mais fashion, comprada num sale do shopping, e foi assistir a Shine no cinema. Voltou para o apart-hotel a tempo de ver um pedaço do seu talk-show preferido na TV.
Para o fictício João da Silva, assim como para muitos brasileiros, a língua portuguesa já não basta para descrever ou compreender o cotidiano. Cercado por anúncios de TV em inglês, músicas em inglês no rádio, cartazes (outdoors) em inglês nas ruas, expressões inglesas no trabalho, pratos em inglês nos cardápios, o brasileiro é quase um estrangeiro em sua própria terra. As grandes cadeias de alimentação espalham suas placas de fast food ou delivery pelas ruas das cidades. A publicidade adora usar palavras em inglês em seus slogans, como se pode ver pelos casos da Nike (Just do it), do Citibank (The Citi never sleeps) ou da Wella (Perfectly you). Recentemente, uma conhecida marca de chocolates estampou: "Páscoa by Kopenhagen". Nos shoppings, as lojas de roupas não fazem liquidação, fazem sale, nem dão descontos de 30% - são 30% off. Em São Paulo, uma placa esclarece que a churrascaria está open today (aberta hoje). Nem os títulos de filmes são mais traduzidos. Lançamentos recentes são Shine ou Crash. Para as distribuidoras, isso significa economia na impressão de cartazes e na criação de um título chamativo em português."
Este foi retirado da reportagem "Yes, nós falamos english", publicada pela Revista Veja, em abril de 1997 e disponível no site:http://acd.ufrj.br/~pead/tema10/estrangeirismos.html
domingo, 11 de janeiro de 2009
Para Josmare
Este poema foi enviado por um primo meu, uma pessoa muito querida e um artista plástico muito bom. Crescemos juntos e acompanhei o seu desempenho na Escola, principalmente em Artes. Desenhava e pintava muito bem. Cresceu e enveredou por outros caminhos profissionais. Tivemos um feliz reencontro em dezembro passado em um evento familiar e ele me disse que pretende refazer o caminho da Arte que é o que ele gosta de fazer, o que faz feliz. Josmare, voce é um rapaz bonito, sensível e criativo. Espero que o teu reencontro com a Arte te realize como pessoa e como profissional. Sucesso! vou postar o seu poema, como voce me pediu. fiz os comentários por email. Obrigada por me visitar neste espaço.
FUGINDO DE TI
Ainda que eu vivesse, amor,
Hoje, intensamente para ti
Te olhando, te amando
Pensando e declamando
Os mais belos versos
De amor e paixão.
Te deixando tonta
Alucinada de prazer
Sei que irias me deixar
Amanhã, ao amanhecer
Na tarde ou à noite
Sem ver, nem por que.
Negarias os pedidos meus
Sem dizer que me ama
Sem falar uma palavra
Sem acenar um adeus.
Sem gestos, sem voz
Sem riso, sem lágrimas
Sem amor, sem sofrer
Sem despedir, lembrar de nós.
Pois sem briga ou discussão
Sei que te tomarias, possuirias
Te terias sim, nas minhas mãos
Que amanhã sei, estariam vazias
E só meu rosto elas cobririam
E minhas lágrimas enxugariam
Enquanto tu, até o pranto da lua
Pleno de luzes que inebriam
Emoções na noite, superarias
Tudo razão, indiferença tua.
Queria ser eu, um tal Morfeu
Ser teu amado nos sonhos teus
Mas sou um simples mortal
Ficaria preso às lembranças
Dos momentos teus e meus.
De um amor, que fosse pouco
Que nem poderia ter esperanças
E em si, se amar pudesse assim
Acabarias sã e eu quase louco.
Não posso, não vou te amar
Pois sei, só iria agindo assim
Quando minha vida desprezar
Causar profunda dor em mim
Verdade, foi bom te encontrar
Mas não te amar agora no fim
Vou embora e sem te procurar
Quase morto, que vivas por ti
Não fales, não vieste pra ficar
Vou, adeus amor, fugindo de ti.
Josmare
06/01/2009
"Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus – ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não."
Manoel Bandeira
"
Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...
Não precisamos da paixão desmedida...
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...
Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...
Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...
Alguém que ria de nossas piadas sem graça...
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...
Que nos teça elogios sem fim...
E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade
inquestionável...
Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...
Alguém que nos possa dizer:
Acho que você está errado, mas estou do seu lado...
Ou alguém que apenas diga:
Sou seu amor! E estou Aqui!"
William shakespeare
FUGINDO DE TI
Ainda que eu vivesse, amor,
Hoje, intensamente para ti
Te olhando, te amando
Pensando e declamando
Os mais belos versos
De amor e paixão.
Te deixando tonta
Alucinada de prazer
Sei que irias me deixar
Amanhã, ao amanhecer
Na tarde ou à noite
Sem ver, nem por que.
Negarias os pedidos meus
Sem dizer que me ama
Sem falar uma palavra
Sem acenar um adeus.
Sem gestos, sem voz
Sem riso, sem lágrimas
Sem amor, sem sofrer
Sem despedir, lembrar de nós.
Pois sem briga ou discussão
Sei que te tomarias, possuirias
Te terias sim, nas minhas mãos
Que amanhã sei, estariam vazias
E só meu rosto elas cobririam
E minhas lágrimas enxugariam
Enquanto tu, até o pranto da lua
Pleno de luzes que inebriam
Emoções na noite, superarias
Tudo razão, indiferença tua.
Queria ser eu, um tal Morfeu
Ser teu amado nos sonhos teus
Mas sou um simples mortal
Ficaria preso às lembranças
Dos momentos teus e meus.
De um amor, que fosse pouco
Que nem poderia ter esperanças
E em si, se amar pudesse assim
Acabarias sã e eu quase louco.
Não posso, não vou te amar
Pois sei, só iria agindo assim
Quando minha vida desprezar
Causar profunda dor em mim
Verdade, foi bom te encontrar
Mas não te amar agora no fim
Vou embora e sem te procurar
Quase morto, que vivas por ti
Não fales, não vieste pra ficar
Vou, adeus amor, fugindo de ti.
Josmare
06/01/2009
"Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus – ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não."
Manoel Bandeira
"
Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...
Não precisamos da paixão desmedida...
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...
Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...
Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...
Alguém que ria de nossas piadas sem graça...
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...
Que nos teça elogios sem fim...
E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade
inquestionável...
Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...
Alguém que nos possa dizer:
Acho que você está errado, mas estou do seu lado...
Ou alguém que apenas diga:
Sou seu amor! E estou Aqui!"
William shakespeare
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
There will be an answer
Let It Be
John Lennon
Composição: John Lennon/Paul McCartney
When i find myself
In times of trouble
Mother mary comes to me
Speaking words of wisdom
Let it be
And in my hour of darkness
She is standing right
In front of me
Speaking words of wisdom
Let it be
Let it be, let it be
Let it be, let it be
Whisper words of wisdom
Let it be
And when the broken
Hearted people
Living in the world agree
There will be an answer
Let it be
For though they may
Be parted there
Is still a chance
That they will see
There will be an answer
Let it be
Let it be, let it be
Let it be, let it be
There will be an answer
Let it be
Let it be, let it be
Let it be, let it be
Whisper words of wisdom
Let it be
Let it be, let it be
Let it be, let it be
Whisper words of wisdom
Let it be
Woman -John Lennon
Há tempos eu não ouvia esta música. Hoje um pessoa, no trabalho, me parabenizou e me ofereceu esta música. Me disse que eu transferisse o amor expresso no texto para o amor que sente por mim como amigo. fiquei emocionada.
Woman
John Lennon
Woman I can hardly express
My mixed emotions at my thoughtlessness
After all I'm forever in your debt
And woman I will try to express
My inner feelings and thankfulness
For showing me the meaning of success
Ooh, well, well
Doo, doo, doo, doo, doo
Ooh, well, well
Doo, doo, doo, doo, doo
Woman I know you understand
The little child inside of the man
Please remember my life is in your hands
And woman hold me close to your heart
However distant don't keep us apart
After all it is written in the stars
Ooh, well, well
Doo, doo, doo, doo, doo
Ooh, well, well
Doo, doo, doo, doo, doo
Wellll
Woman please let me explain
I never meant to cause you sorrow or pain
So let me tell you again and again and again
I love you, yeah, yeah
Now and forever
I love you, yeah, yeah
Now and forever
I love you, yeah, yeah
Now and forever
I love you, yeah, yeah
John Lennon
Composição: John Lennon/Paul McCartney
When i find myself
In times of trouble
Mother mary comes to me
Speaking words of wisdom
Let it be
And in my hour of darkness
She is standing right
In front of me
Speaking words of wisdom
Let it be
Let it be, let it be
Let it be, let it be
Whisper words of wisdom
Let it be
And when the broken
Hearted people
Living in the world agree
There will be an answer
Let it be
For though they may
Be parted there
Is still a chance
That they will see
There will be an answer
Let it be
Let it be, let it be
Let it be, let it be
There will be an answer
Let it be
Let it be, let it be
Let it be, let it be
Whisper words of wisdom
Let it be
Let it be, let it be
Let it be, let it be
Whisper words of wisdom
Let it be
Woman -John Lennon
Há tempos eu não ouvia esta música. Hoje um pessoa, no trabalho, me parabenizou e me ofereceu esta música. Me disse que eu transferisse o amor expresso no texto para o amor que sente por mim como amigo. fiquei emocionada.
Woman
John Lennon
Woman I can hardly express
My mixed emotions at my thoughtlessness
After all I'm forever in your debt
And woman I will try to express
My inner feelings and thankfulness
For showing me the meaning of success
Ooh, well, well
Doo, doo, doo, doo, doo
Ooh, well, well
Doo, doo, doo, doo, doo
Woman I know you understand
The little child inside of the man
Please remember my life is in your hands
And woman hold me close to your heart
However distant don't keep us apart
After all it is written in the stars
Ooh, well, well
Doo, doo, doo, doo, doo
Ooh, well, well
Doo, doo, doo, doo, doo
Wellll
Woman please let me explain
I never meant to cause you sorrow or pain
So let me tell you again and again and again
I love you, yeah, yeah
Now and forever
I love you, yeah, yeah
Now and forever
I love you, yeah, yeah
Now and forever
I love you, yeah, yeah
sábado, 3 de janeiro de 2009
Maysa, uma mulher.

Personagem
Tudo sobre minha mãe
Filho único da cantora Maysa, o diretor Jayme Monjardim lança biografi a e minissérie em sua homenagem
reportagem de Maíra Magro - revista Isto É, 2042 de 24/12/2008
“Após um sem-número de namorados e um quase noivo, apaixonei-me por um homem” (1954)
“Para poder seguir essa profissão, tive de abrir mão de muitas coisas, larguei até o casamento” (1973)
“Sinto em mim um vazio profundo, desamor pelo mundo, sinto falta de mim” (sem data)
Maysa, cantora
Dois oceanos não-pacíficos nos olhos e uma boca da noite. Assim o poeta Manuel Bandeira definiu em versos a cantora Maysa, uma das maiores intérpretes que o País já teve no gênero dor-de-cotovelo. Quando esses dois oceanos se acalmaram, em 22 de janeiro de 1976, seu filho único, o diretor Jayme Monjardim Matarazzo, 52 anos, guardou em caixas e baús 30 quilos de documentos na casa que a cantora tinha em Maricá, no litoral fluminense. São fotos, letras de música, diários, poemas, recortes de revistas e anotações avulsas que Maysa reuniu desde a adolescência – ela parecia saber que seria famosa um dia e que morreria cedo. Aos 19 anos, era uma das artistas mais bem remuneradas do mercado e aos 40 estava morta, vítima de um acidente de carro. A casa de Maricá, seu último endereço e refúgio, foi preservada pelo filho. “Quando ela se foi, senti que deveríamos ter passado mais tempo juntos”, diz Monjardim, que está à frente de duas homenagens à mãe. Nessa semana chega às livrarias Maysa, uma biografia poética ilustrada (Globo, 200 págs., R$ 44), de sua autoria, e no início de janeiro estréia na Rede Globo a minissérie Maysa: quando fala o coração, dirigida por ele, com texto de Manoel Carlos.
Mais do que reunir documentos inéditos, no livro Monjardim faz uma espécie de colagem da alma da cantora, dona de uma voz bela e grave que combinava perfeitamente com as melodias que entoava. Canções sobre a solidão, o desencanto e os desfechos amorosos como os sucessos Meu mundo caiu e Ouça, aquela em que pede ao amante para “viver a sua vida com outro bem”. De seus diários foram extraídos o texto que acompanha a obra. “Um amor sem certeza é um viver sofrendo”, escreve ela em um poema. Uma foto sua, sorridente ao lado do filho, revela um raro momento de felicidade com Monjardim, que teve uma relação distante com a mãe durante quase toda a vida. Maysa casou-se em 1955, aos 17 anos, com o milionário André Matarazzo, de quem se desquitou dois anos depois quando o filho tinha apenas um ano. Ele foi morar com os avós maternos e a cantora, que havia se dedicado de corpo e alma à carreira artística, continuou a enfrentar preconceitos e dissabores de uma vida cheia de altos e baixos, marcada por paixões conturbadas, excesso de álcool e surtos depressivos.
Aos sete anos, com a morte do pai, o garoto foi mandado para um colégio interno na Espanha, onde ficou durante uma década: “Eu me sentia meio deixado para trás.” Em 1976, mãe e filho se reaproximaram: “Tivemos uma relação maravilhosa quando descobrimos o que o outro representava. Eu já tinha 18 anos e podia compreender melhor as coisas.” A felicidade durou pouco. Passado um ano, a mãe sofreu o acidente fatal quando trafegava na ponte Rio-Niterói. Já havia conquistado o País com seus olhos verdes e sua voz aveludada e viajado pelo mundo propagando o samba-canção e, mais tarde, a bossa nova. Ela fez e disse o que bem pensava, não se importando com as críticas da sociedade conservadora da época. Sua personalidade instável e sua vida inconstante lhe trouxeram momentos difíceis. Ela enfrentou períodos de grave depressão e não foram poucas as vezes em que tentou o suicídio – o que costumava negar, embora tivesse marcas visíveis de cortes nos pulsos.
Apesar da distância da mãe, Monjardim diz que foi graças a ela que descobriu a profissão. Seu primeiro trabalho na tevê, de 1983, foi uma homenagem a Maysa. Dessa vez, para embarcar na minissérie, ele precisou de muitos anos de preparação interior. Não quis escrever o roteiro. Convidou para a tarefa o autor Manoel Carlos, especialista em retratar almas femininas. “Foi sem dúvida um dos trabalhos mais prazerosos que já fiz até hoje”, diz o autor. O papel principal ficou com a atriz gaúcha Larissa Maciel, 30 anos, que surpreende pela incrível semelhança com Maysa. Na juventude, Monjardim será representado pelos próprios filhos, André e Jayme. “Com o trabalho terminado, eu poderei me entregar às emoções”, diz ele. Ao que tudo indica, o público também.
Poderosos chefs - Zeca Baleiro
retirado de Istoéonline, 2042
Última Palavra
Zeca Baleiro
Poderosos chefs
– Antes de mais nada, não entendo por que chamar cozinheiros de “chefs”. Chefes de quê? De quem? Depois, como é que eles se tornaram deuses do nosso tempo? Tá bom, há ótimos cozinheiros por aí, mas...
– Não são apenas ótimos cozinheiros. Há verdadeiros artistas criando novos pratos, reinventando a cozinha, fazendo fusões de culturas, pesquisando ingredientes...
– Tá, reconheço que há gente talentosa, mas há um certo exagero no status atual dos cozinheiros, não acha? Os caras são astros pop, celebridades unânimes, grifes de luxo... São paparicados e tratados com um mimo que, em outro tempo, só os grandes e prestigiosos artistas teriam.
– Mas eles são artistas!
– Sei não, sei não. Há algo errado nisso tudo.
– Como assim?
– Não é estranho que os “artistas” de hoje façam comida e não arte?... Sem falar que os pratos estão cada vez mais mínimos e mais caros, uma loucura.
– É, a cozinha moderna é assim mesmo.
– Então prefiro a velha, mais vieille cuisine e menos nouvelle!... Precisamos criar uma Renascença na cozinha contemporânea, voltar aos velhos cozidos, ensopados, porções generosas... Mais condimento e menos comedimento!
– Não tem mais volta, darling. As pessoas querem novidade.
– É, eu sei, é por causa dessa sede de novidade que alguns medíocres com senso de oportunidade vencem, se estabelecem... Quer ver qual o truque mais banal usado hoje pelos grandes restaurantes? Cardápio! O cardápio é mais apetitoso que a própria comida. Ora, ninguém come cardápio, come?
– Você enlouqueceu.
– É verdade, vai por mim. Ah, outro truque banal é o uso de ingredientes exóticos, diferentões. Quanto mais esquisito melhor. Tipo “recheado com ervas hidropônicas das Ilhas Fiji” ou “picanha de lhama maturada nas ruínas de Machu Picchu” ou “ovas de esturjão centenário em mel de floradas de eucalipto”; e por aí vai...
– Que exagero!
– E ainda tem a balela das harmonizações. Em que Bíblia está escrito que não posso comer peixe acompanhado de vinho tinto? Paladar é como impressão digital, cada um tem o seu. Gosto se discute sim. E também se forja, se inventa. Esse papo é catequese hype, pra confundir a cabeça de quem não tem personalidade.
– Ih, pirou na batatinha... Papo mais conspiratório!
– E o pior é que a coisa que aparentemente as pessoas hoje mais prezam é “personalidade”, o que nego mais quer é ser “diferenciado”. Mas aí vai a um restaurante e pede o prato que todos pedem, porque ouviu dizer que é “o máximo”. Vai comprar um vinho, compra aquele que o sommelier que acabou de se formar num curso intensivo de 20 dias sugere, o que todos estão bebendo... Esse povo ama ter personalidade por uma razão muito simples: porque não tem!
– As pessoas querem cultivar o bom gosto, não há pecado nenhum nisso, há?
– Mas bom gosto de quem, pra quem? Quem ensinou esse bom gosto, quem disse que era bom? Bom gosto é o “seu” gosto, é assumir o que você sinceramente quer.
– Você tá muito filosófico hoje, tá demais pra mim.
– É simples, o mundo tá precisando é de mais Bocage e menos Bocuse.
– Bocage? Quem é, algum novo cozinheiro catalão?
– Não, era português. Poeta.
– Mas... cozinhava?
Última Palavra
Zeca Baleiro
Poderosos chefs
– Antes de mais nada, não entendo por que chamar cozinheiros de “chefs”. Chefes de quê? De quem? Depois, como é que eles se tornaram deuses do nosso tempo? Tá bom, há ótimos cozinheiros por aí, mas...
– Não são apenas ótimos cozinheiros. Há verdadeiros artistas criando novos pratos, reinventando a cozinha, fazendo fusões de culturas, pesquisando ingredientes...
– Tá, reconheço que há gente talentosa, mas há um certo exagero no status atual dos cozinheiros, não acha? Os caras são astros pop, celebridades unânimes, grifes de luxo... São paparicados e tratados com um mimo que, em outro tempo, só os grandes e prestigiosos artistas teriam.
– Mas eles são artistas!
– Sei não, sei não. Há algo errado nisso tudo.
– Como assim?
– Não é estranho que os “artistas” de hoje façam comida e não arte?... Sem falar que os pratos estão cada vez mais mínimos e mais caros, uma loucura.
– É, a cozinha moderna é assim mesmo.
– Então prefiro a velha, mais vieille cuisine e menos nouvelle!... Precisamos criar uma Renascença na cozinha contemporânea, voltar aos velhos cozidos, ensopados, porções generosas... Mais condimento e menos comedimento!
– Não tem mais volta, darling. As pessoas querem novidade.
– É, eu sei, é por causa dessa sede de novidade que alguns medíocres com senso de oportunidade vencem, se estabelecem... Quer ver qual o truque mais banal usado hoje pelos grandes restaurantes? Cardápio! O cardápio é mais apetitoso que a própria comida. Ora, ninguém come cardápio, come?
– Você enlouqueceu.
– É verdade, vai por mim. Ah, outro truque banal é o uso de ingredientes exóticos, diferentões. Quanto mais esquisito melhor. Tipo “recheado com ervas hidropônicas das Ilhas Fiji” ou “picanha de lhama maturada nas ruínas de Machu Picchu” ou “ovas de esturjão centenário em mel de floradas de eucalipto”; e por aí vai...
– Que exagero!
– E ainda tem a balela das harmonizações. Em que Bíblia está escrito que não posso comer peixe acompanhado de vinho tinto? Paladar é como impressão digital, cada um tem o seu. Gosto se discute sim. E também se forja, se inventa. Esse papo é catequese hype, pra confundir a cabeça de quem não tem personalidade.
– Ih, pirou na batatinha... Papo mais conspiratório!
– E o pior é que a coisa que aparentemente as pessoas hoje mais prezam é “personalidade”, o que nego mais quer é ser “diferenciado”. Mas aí vai a um restaurante e pede o prato que todos pedem, porque ouviu dizer que é “o máximo”. Vai comprar um vinho, compra aquele que o sommelier que acabou de se formar num curso intensivo de 20 dias sugere, o que todos estão bebendo... Esse povo ama ter personalidade por uma razão muito simples: porque não tem!
– As pessoas querem cultivar o bom gosto, não há pecado nenhum nisso, há?
– Mas bom gosto de quem, pra quem? Quem ensinou esse bom gosto, quem disse que era bom? Bom gosto é o “seu” gosto, é assumir o que você sinceramente quer.
– Você tá muito filosófico hoje, tá demais pra mim.
– É simples, o mundo tá precisando é de mais Bocage e menos Bocuse.
– Bocage? Quem é, algum novo cozinheiro catalão?
– Não, era português. Poeta.
– Mas... cozinhava?
My way - Frank Sinatra
My Way
Frank Sinatra
Composição: Paul Anka / Claude François / Jacques Revaux
And now the end is near
And so I face the final curtain
My friend, I'll say it clear
I'll state my case of which I'm certain
I've lived a life that's full
I traveled each and every highway
And more, much more than this
I did it my way
Regrets, I've had a few
But then again, too few to mention
I did what I had to do
And saw it through without exemption
I've planned each charted course
Each careful step along the byway
And more, much more than this
I did it my way
Yes there were times, I'm sure you knew
When I bit off more than I could chew
But through it all when there was doubt
I ate it up and spit it out
I faced it all and I stood tall
And did it my way
I've loved, I've laughed and cried
I've had my fill, my share of losing
And now as tears subside
I find it all so amusing
To think I did all that
And may I say, not in a shy way
Oh no, oh no, not me
I did it my way
For what is a man, what has he got?
If not himself, than he has naugth
To say the things he truly feels
And not the words of one who kneels
The record shows, I took the blows
And did it my way
Fogueira
Angela Rô Rô
Composição: Angela Rô Rô
Por que queimar minha fogueira?
E destruir a companheira
Por que sangrar o meu amor assim?
Não penses ter a vida inteira
Para esconder teu coração
Mas breve que o tempo passa
Vem num galope o meu perdão
Porque temer a minha fêmea?
Se a possuis como ninguém
A cada bem do mal do amor em mim
Não penses ter a vida inteira
Para roubar meu coração
Cada vez é a primeira
Do teu também serás ladrão
Deixa eu cantar
Aquela velha história, o amor
Deixa penar, a liberdade está (também) na dor
Eu vivo a vida a vida inteira
A descobrir o que é o amor
Leve pulsar do sol a me queimar
Não penso ter a vida inteira
Pra guiar meu coração
Eu sei que a vida é passageira
E o amor que eu tenho não!
Quero ofertar
A minha outra face à dor
Deixa eu sonhar com a tua outra face, amor
Frank Sinatra
Composição: Paul Anka / Claude François / Jacques Revaux
And now the end is near
And so I face the final curtain
My friend, I'll say it clear
I'll state my case of which I'm certain
I've lived a life that's full
I traveled each and every highway
And more, much more than this
I did it my way
Regrets, I've had a few
But then again, too few to mention
I did what I had to do
And saw it through without exemption
I've planned each charted course
Each careful step along the byway
And more, much more than this
I did it my way
Yes there were times, I'm sure you knew
When I bit off more than I could chew
But through it all when there was doubt
I ate it up and spit it out
I faced it all and I stood tall
And did it my way
I've loved, I've laughed and cried
I've had my fill, my share of losing
And now as tears subside
I find it all so amusing
To think I did all that
And may I say, not in a shy way
Oh no, oh no, not me
I did it my way
For what is a man, what has he got?
If not himself, than he has naugth
To say the things he truly feels
And not the words of one who kneels
The record shows, I took the blows
And did it my way
Fogueira
Angela Rô Rô
Composição: Angela Rô Rô
Por que queimar minha fogueira?
E destruir a companheira
Por que sangrar o meu amor assim?
Não penses ter a vida inteira
Para esconder teu coração
Mas breve que o tempo passa
Vem num galope o meu perdão
Porque temer a minha fêmea?
Se a possuis como ninguém
A cada bem do mal do amor em mim
Não penses ter a vida inteira
Para roubar meu coração
Cada vez é a primeira
Do teu também serás ladrão
Deixa eu cantar
Aquela velha história, o amor
Deixa penar, a liberdade está (também) na dor
Eu vivo a vida a vida inteira
A descobrir o que é o amor
Leve pulsar do sol a me queimar
Não penso ter a vida inteira
Pra guiar meu coração
Eu sei que a vida é passageira
E o amor que eu tenho não!
Quero ofertar
A minha outra face à dor
Deixa eu sonhar com a tua outra face, amor
Nando Reis
A Minha Gratidão É Uma Pessoa
Nando Reis
Composição: Nando Reis
Depois de pensar um pouco
Ela viu que não havia mais motivo e nem razão
E pode perdoá-lo
É fácil culpar os outros
Mas a vida não precisa de juizes
A questão é sermos razoáveis
E por isso voltou
Porque sempre o amou
Mesmo levando a dor
Daquela mágoa
Mas segurando a sua mão
Sentiu sorrir seu coração
E amou como nunca havia amado
Mas como começar de novo
Se a ferida que sangrou
Acostumou a me sentir prejudicado
É só você lavar o rosto
E deixar que a água suja
Leve longe do seu corpo
O infeliz passado
E por isso voltou
Pra quem sempre amou
Mesmo levando a dor
E aquela mágoa
Mas segurando a sua mão
Sentiu sorrir seu coração
E amou como nunca havia amado
E viveram felizes... para sempre
E eles estavam livre da perfeição que só fazia estragos
Luz Dos Olhos
Nando Reis
Composição: Nando Reis
Ponho os meus olhos em você
Se você está
Dona dos meus olhos é você
Avião no ar
Um dia pra esses olhos sem te ver
É como chão no mar
Liga o rádio à pilha, a TV
Só pra você escutar
A nova música que eu fiz agora
Lá fora a rua vazia chora...
Pois meus olhos vidram ao te ver
São dois fãs, um par
Pus nos olhos vidros prá poder
Melhor te enxergar
Luz dos olhos para anoitecer
É só você se afastar
Pinta os lábios para escrever
A sua boca em minha...
Que a nossa música eu fiz agora
Lá fora a lua irradia a glória
E eu te chamo, eu te peço: Vem!
Diga que você me quer
Porque eu te quero também!
Passo as tardes pensando
Faço as pazes tentando
Te telefonar
Cartazes te procurando
Aeronaves seguem pousando
Sem você desembarcar
Pra eu te dar amor nessa hora
Levar as malas pro fusca lá fora....
E eu vou guiando
Eu te espero, vem...
Siga onde vão meus pés
Porque eu te sigo também.
E eu te amo!
E eu berro: Vem!
Grita que você me quer
Porque eu te quero também!
Hei! Hei!...
Do Seu Lado
Nando Reis
Composição: Nando Reis
Faz muito tempo, mas eu me lembro... você implicava comigo
Mas hoje eu vejo que tanto tempo me deixou muito mais calmo
O meu comportamento egoísta, o seu temperamento difícil
Você me achava meio esquisito e eu te achava tão chata
Mas tudo que acontece na vida tem um momento e um destino
Viver é uma arte, é um ofício
Só que precisa cuidado
Prá perceber que olhar só prá dentro é o maior desperdício
O teu amor pode estar do seu lado
O amor é o calor que aquece a alma
O amor tem sabor prá quem bebe a sua água
Nando Reis
Composição: Nando Reis
Depois de pensar um pouco
Ela viu que não havia mais motivo e nem razão
E pode perdoá-lo
É fácil culpar os outros
Mas a vida não precisa de juizes
A questão é sermos razoáveis
E por isso voltou
Porque sempre o amou
Mesmo levando a dor
Daquela mágoa
Mas segurando a sua mão
Sentiu sorrir seu coração
E amou como nunca havia amado
Mas como começar de novo
Se a ferida que sangrou
Acostumou a me sentir prejudicado
É só você lavar o rosto
E deixar que a água suja
Leve longe do seu corpo
O infeliz passado
E por isso voltou
Pra quem sempre amou
Mesmo levando a dor
E aquela mágoa
Mas segurando a sua mão
Sentiu sorrir seu coração
E amou como nunca havia amado
E viveram felizes... para sempre
E eles estavam livre da perfeição que só fazia estragos
Luz Dos Olhos
Nando Reis
Composição: Nando Reis
Ponho os meus olhos em você
Se você está
Dona dos meus olhos é você
Avião no ar
Um dia pra esses olhos sem te ver
É como chão no mar
Liga o rádio à pilha, a TV
Só pra você escutar
A nova música que eu fiz agora
Lá fora a rua vazia chora...
Pois meus olhos vidram ao te ver
São dois fãs, um par
Pus nos olhos vidros prá poder
Melhor te enxergar
Luz dos olhos para anoitecer
É só você se afastar
Pinta os lábios para escrever
A sua boca em minha...
Que a nossa música eu fiz agora
Lá fora a lua irradia a glória
E eu te chamo, eu te peço: Vem!
Diga que você me quer
Porque eu te quero também!
Passo as tardes pensando
Faço as pazes tentando
Te telefonar
Cartazes te procurando
Aeronaves seguem pousando
Sem você desembarcar
Pra eu te dar amor nessa hora
Levar as malas pro fusca lá fora....
E eu vou guiando
Eu te espero, vem...
Siga onde vão meus pés
Porque eu te sigo também.
E eu te amo!
E eu berro: Vem!
Grita que você me quer
Porque eu te quero também!
Hei! Hei!...
Do Seu Lado
Nando Reis
Composição: Nando Reis
Faz muito tempo, mas eu me lembro... você implicava comigo
Mas hoje eu vejo que tanto tempo me deixou muito mais calmo
O meu comportamento egoísta, o seu temperamento difícil
Você me achava meio esquisito e eu te achava tão chata
Mas tudo que acontece na vida tem um momento e um destino
Viver é uma arte, é um ofício
Só que precisa cuidado
Prá perceber que olhar só prá dentro é o maior desperdício
O teu amor pode estar do seu lado
O amor é o calor que aquece a alma
O amor tem sabor prá quem bebe a sua água
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Poesia, sempre poesia
a bailarina da
Ásia ondula
[Adriano Lobão Aragão]
a bailarina da
Ásia ondula
suavemente seus
gestos lascivos
envolta em sua sombra
sua chama dança
desde a ponta
dos dedos volta
sua dança devassa
a bailarina da
Ásia oscula
suavemente a ponta
dos dedos
desenvolta seu véu
sua chana ao léu
onde dança
aponta a ponta
de minha lança
envolta em sua umbra
suavemente se depura
a cona a anca
o lábio a vulva
avulta a dança de puta
a bailarina da
Ásia perdura
suavemente ondula
os seios
desenvolta em sua dança
sua cona se alcança
desde o lábio
lambendo a anca
ofertada em altar de santa
sem metáforas
ou nova escola maio 2002 p. 16 (adriano lobão)
no dia 1.º de abril
Edi Greenfield
diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental
Madre Joana Angélica de Jesus
em São Paulo
foi assassinada com dois tiros na cabeça
dentro de seu carro
ao final de um dia de trabalho
suspeita-se que tenha sido vítima de traficantes
inconformados com a batalha
que ela travava para manter
os alunos longe das drogas
final de um dia de trabalho
suspeita-se
retirado do blog: adrianolobao.blogspot.com
Ásia ondula
[Adriano Lobão Aragão]
a bailarina da
Ásia ondula
suavemente seus
gestos lascivos
envolta em sua sombra
sua chama dança
desde a ponta
dos dedos volta
sua dança devassa
a bailarina da
Ásia oscula
suavemente a ponta
dos dedos
desenvolta seu véu
sua chana ao léu
onde dança
aponta a ponta
de minha lança
envolta em sua umbra
suavemente se depura
a cona a anca
o lábio a vulva
avulta a dança de puta
a bailarina da
Ásia perdura
suavemente ondula
os seios
desenvolta em sua dança
sua cona se alcança
desde o lábio
lambendo a anca
ofertada em altar de santa
sem metáforas
ou nova escola maio 2002 p. 16 (adriano lobão)
no dia 1.º de abril
Edi Greenfield
diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental
Madre Joana Angélica de Jesus
em São Paulo
foi assassinada com dois tiros na cabeça
dentro de seu carro
ao final de um dia de trabalho
suspeita-se que tenha sido vítima de traficantes
inconformados com a batalha
que ela travava para manter
os alunos longe das drogas
final de um dia de trabalho
suspeita-se
retirado do blog: adrianolobao.blogspot.com
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Ano Novo - bem vindo a 2009
O Ano Novo deve começar dentro da gente. Não adianta nada desejarmos Feliz Ano Novo, felicidades, prosperidade,paz, justiça, se continuarmos com as mesmas velhas práticas , fazendo de conta que tudo está correto, fechando os olhos para as injustiças,olhando o outro com indiferença,de cima para baixo, sendo mesquinhos e tratando mal o nosso semelhante. Precisamos, acima de tudo, ser gente, ser humano, acreditar e agir para que o mundo possa mudar. Que venha 2009 e os meus 50 anos!
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