domingo, 11 de janeiro de 2009

Para Josmare

Este poema foi enviado por um primo meu, uma pessoa muito querida e um artista plástico muito bom. Crescemos juntos e acompanhei o seu desempenho na Escola, principalmente em Artes. Desenhava e pintava muito bem. Cresceu e enveredou por outros caminhos profissionais. Tivemos um feliz reencontro em dezembro passado em um evento familiar e ele me disse que pretende refazer o caminho da Arte que é o que ele gosta de fazer, o que faz feliz. Josmare, voce é um rapaz bonito, sensível e criativo. Espero que o teu reencontro com a Arte te realize como pessoa e como profissional. Sucesso! vou postar o seu poema, como voce me pediu. fiz os comentários por email. Obrigada por me visitar neste espaço.

FUGINDO DE TI

Ainda que eu vivesse, amor,
Hoje, intensamente para ti
Te olhando, te amando
Pensando e declamando
Os mais belos versos
De amor e paixão.
Te deixando tonta
Alucinada de prazer
Sei que irias me deixar
Amanhã, ao amanhecer
Na tarde ou à noite
Sem ver, nem por que.

Negarias os pedidos meus
Sem dizer que me ama
Sem falar uma palavra
Sem acenar um adeus.
Sem gestos, sem voz
Sem riso, sem lágrimas
Sem amor, sem sofrer
Sem despedir, lembrar de nós.

Pois sem briga ou discussão
Sei que te tomarias, possuirias
Te terias sim, nas minhas mãos
Que amanhã sei, estariam vazias
E só meu rosto elas cobririam
E minhas lágrimas enxugariam
Enquanto tu, até o pranto da lua
Pleno de luzes que inebriam
Emoções na noite, superarias
Tudo razão, indiferença tua.

Queria ser eu, um tal Morfeu
Ser teu amado nos sonhos teus
Mas sou um simples mortal
Ficaria preso às lembranças
Dos momentos teus e meus.
De um amor, que fosse pouco
Que nem poderia ter esperanças
E em si, se amar pudesse assim
Acabarias sã e eu quase louco.

Não posso, não vou te amar
Pois sei, só iria agindo assim
Quando minha vida desprezar
Causar profunda dor em mim
Verdade, foi bom te encontrar
Mas não te amar agora no fim
Vou embora e sem te procurar
Quase morto, que vivas por ti
Não fales, não vieste pra ficar
Vou, adeus amor, fugindo de ti.

Josmare
06/01/2009

"Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus – ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não."
Manoel Bandeira

"
Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...
Não precisamos da paixão desmedida...
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...

Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...

Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...

Alguém que ria de nossas piadas sem graça...
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...
Que nos teça elogios sem fim...
E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade
inquestionável...

Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...
Alguém que nos possa dizer:

Acho que você está errado, mas estou do seu lado...

Ou alguém que apenas diga:

Sou seu amor! E estou Aqui!"
William shakespeare

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