"quem me dera encontrar o verso puro,
o verso altivo e forte, estranho e duro,
que disesse a chorar isto que sinto."
(Florbela Espanca)
Humildade · { Poemas, Trocando Olhares }
Toda a terra que pisas, eu q’ria, ajoelhada,
Beijar terna e humilde em lânguido fervor;
Q’ria poisar fervente a boca apaixonada
Em cada passo teu, ó meu bendito amor!
De cada beijo meu, havia de nascer
Uma sangrenta flor! Ébria de luz, ardente!
No colo purpurino havia de trazer
Desfeito no perfume o mist’rioso Oriente!
Q’ria depois colher essas flores reais,
Essas flores de sonho, estranhas, sensuais,
E lançar-tas aos pés em perfumados molhos.
Bem paga ficaria, ó meu cruel amante!
Se, sobre elas, eu visse apenas um instante
Cair como um orvalho os teus divinos olhos!
Fanatismo · { Livro de Soror Saudade, Poemas }
Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida…
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
“Tudo no mundo é frágil, tudo passa…”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
“Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!…”
quinta-feira, 30 de abril de 2009
terça-feira, 28 de abril de 2009
Jogo da Vida
Dez coisas para se fazer antes de morrer
Postado por Bruno Medina em 24 de abril de 2009 às
Diz-se por aí – e até hoje não houve motivos para discordar - que a única verdade absoluta inerente à vida é a certeza de que, cedo ou tarde, todos vamos bater as botas. Perdoem a aparente morbidez do tema, mas devo desde já admitir que considero sensato (e até saudável) o empenho de evitar os tabus relacionados à morte.
Humanos, e por natureza imperfeitos, alguns de nós preferem viver à sombra de sua capa negra, à espera da fatídica jogada, ao invés de aproveitar da melhor maneira possível os dias a que temod direito. Ao longo dos séculos, nossa obsessão evidencia-se pela extensa produção artística e filosófica dedicada ao assunto, onde seguramente se inserem as mais relevantes obras já criadas pelo homem.
Se não se enquadra na categoria descrita acima, José Martí, escritor, poeta e líder nacionalista cubano, ao menos colaborou para dar leveza à questão. Atribui-se a ele a ideia de que nenhuma existência terá sido em vão caso atenda a apenas três exigências: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Com base na simplicidade e popularidade de tais preceitos é razoável imaginar que muita gente deva ter partido desta para uma melhor com a sensação de dever cumprido graças ao sujeito.
Tendo como referência o que foi proposto por Martí, alguns anos atrás a revista americana Forbes criou a sua versão da lista. Muito embora a publicação seja conhecida por divulgar quem são os indivíduos mais ricos e poderosos do planeta, resolvi dar-lhe crédito e submeter minhas melhores e mais estimadas vivências aos critérios propostos, só pra ver que bicho dá. Posto isto, vamos a eles:
DEZ COISAS PARA SE FAZER ANTES DE MORRER
1. Fazer uma ‘Pilgrimage’. O termo é utilizado para definir uma longa jornada, ou a viagem que coincide com uma busca de grande valor moral. Os destinos que primeiro vêm à mente são Jerusalém, Roma, Meca ou Santiago de Compostela. Em meu favor, só posso assinalar passagens pela Basílica de Aparecida e pelo Cristo Redentor, mas creio que para os editores da publicação estes lugares não contemplam o sentido pretendido. Comecei mal.
2. Memorizar um poema e passá-lo a diante. Essa é pra recuperar, está fácil. Não me lembro ao certo da ocasião, mas com certeza já apliquei o artifício a alguma pretendente durante a adolescência. Um dos poemas escolhidos foi este, do Mário Quintana, “coração que bate-bate / Antes deixes de bater! / Só num relógio é que as horas / Vão passando sem sofrer”. Próxima.
3. Escalar sua própria montanha. Pelo que entendi, o significado é transpor uma dificuldade, vencer um desafio. Faço isso toda vez em que me apresento em público ou estou diante das câmeras.
4. Fazer uma refeição boa o suficiente para ser sua última. Tenho que pensar… não sei se a circunstância contribuiu (dia livre numa cidade tediosa) , mas em minha última passagem por Portugal comi um prato divino; o restaurante era do tipo familiar, localizado num povoado de uns 5 mil habitantes. Polvo à vinagrete com batatas ao murro pode não ser uma pedida muito popular mas, acreditem, na ocasião era o manjar dos deuses.
5. Ter um inimigo mortal. Este item está aqui porque ter um opositor veemente é uma forma de comprovar a firmeza de suas convicções. Vou ficar devendo, não sou muito de guardar rancor.
6. Perdoar alguém. Pela mesma razão anterior, digo que sim, perdoei muitas vezes. Para citar um caso, lembro-me de que certa vez meu irmão escreveu na tampa da caixa do Jogo da Vida que eu havia roubado na roleta, e ainda pôs a data! Roubar no “jogo da vida”? Quem iria querer carregar essa mácula? A mentira ficou perpetuada e sempre que jogávamos com amigos eu precisava me defender da injúria. Apesar das constantes humilhações, perdoei.
7. Ver por você mesmo que a Terra é redonda. Não sou nenhum Amyr Klink mas, para alguém da minha idade, até que já viajei bastante. Não tanto quanto gostaria, tenho tempo ainda. Vou me dar meio ponto nessa.
8. Levar alguém que ama a ‘Camera degli Sposi’ . Trata-se de uma sala do Palácio Ducal, na Itália, ostensivamente decorada por pinturas e afrescos. Nunca estive lá, no entanto posso me gabar de ter conhecido Mona Lisa, Guernica, os quadros de Van Gogh e os da fase negra do Goya. Sempre sozinho. Será que vale meio ponto também?
9. Desafiar a gravidade. Sendo esta uma lei imutável da física, minha interpretação aponta para quem é ou foi rebelde sem causa ou vivenciou alguma experiência ultrarradical. Já viajei de teco-teco, de barquinho em meio a tempestade, cruzei ponte prestes a cair, mas nunca por vontade própria. Então, seria incorreto afirmar que desafiei a gravidade, assim, deliberadamente.
10. Deixar que alguém aproveite a chance que você perdeu. Essa está guardada para o meu filho.
É chegada a hora da contabilidade. Das dez coisas para se fazer antes de morrer, contando os meio pontos, vou considerar já ter feito cinco. Confesso que, a esta altura da vida, ficaria preocupado se tivesse passado de sete. Para os supersticiosos, uma dica: pensando bem, talvez o único jeito de retardar o “xeque-mate” seja deixar a lista sempre incompleta.
Postado por Bruno Medina em 24 de abril de 2009 às
Diz-se por aí – e até hoje não houve motivos para discordar - que a única verdade absoluta inerente à vida é a certeza de que, cedo ou tarde, todos vamos bater as botas. Perdoem a aparente morbidez do tema, mas devo desde já admitir que considero sensato (e até saudável) o empenho de evitar os tabus relacionados à morte.
Humanos, e por natureza imperfeitos, alguns de nós preferem viver à sombra de sua capa negra, à espera da fatídica jogada, ao invés de aproveitar da melhor maneira possível os dias a que temod direito. Ao longo dos séculos, nossa obsessão evidencia-se pela extensa produção artística e filosófica dedicada ao assunto, onde seguramente se inserem as mais relevantes obras já criadas pelo homem.
Se não se enquadra na categoria descrita acima, José Martí, escritor, poeta e líder nacionalista cubano, ao menos colaborou para dar leveza à questão. Atribui-se a ele a ideia de que nenhuma existência terá sido em vão caso atenda a apenas três exigências: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Com base na simplicidade e popularidade de tais preceitos é razoável imaginar que muita gente deva ter partido desta para uma melhor com a sensação de dever cumprido graças ao sujeito.
Tendo como referência o que foi proposto por Martí, alguns anos atrás a revista americana Forbes criou a sua versão da lista. Muito embora a publicação seja conhecida por divulgar quem são os indivíduos mais ricos e poderosos do planeta, resolvi dar-lhe crédito e submeter minhas melhores e mais estimadas vivências aos critérios propostos, só pra ver que bicho dá. Posto isto, vamos a eles:
DEZ COISAS PARA SE FAZER ANTES DE MORRER
1. Fazer uma ‘Pilgrimage’. O termo é utilizado para definir uma longa jornada, ou a viagem que coincide com uma busca de grande valor moral. Os destinos que primeiro vêm à mente são Jerusalém, Roma, Meca ou Santiago de Compostela. Em meu favor, só posso assinalar passagens pela Basílica de Aparecida e pelo Cristo Redentor, mas creio que para os editores da publicação estes lugares não contemplam o sentido pretendido. Comecei mal.
2. Memorizar um poema e passá-lo a diante. Essa é pra recuperar, está fácil. Não me lembro ao certo da ocasião, mas com certeza já apliquei o artifício a alguma pretendente durante a adolescência. Um dos poemas escolhidos foi este, do Mário Quintana, “coração que bate-bate / Antes deixes de bater! / Só num relógio é que as horas / Vão passando sem sofrer”. Próxima.
3. Escalar sua própria montanha. Pelo que entendi, o significado é transpor uma dificuldade, vencer um desafio. Faço isso toda vez em que me apresento em público ou estou diante das câmeras.
4. Fazer uma refeição boa o suficiente para ser sua última. Tenho que pensar… não sei se a circunstância contribuiu (dia livre numa cidade tediosa) , mas em minha última passagem por Portugal comi um prato divino; o restaurante era do tipo familiar, localizado num povoado de uns 5 mil habitantes. Polvo à vinagrete com batatas ao murro pode não ser uma pedida muito popular mas, acreditem, na ocasião era o manjar dos deuses.
5. Ter um inimigo mortal. Este item está aqui porque ter um opositor veemente é uma forma de comprovar a firmeza de suas convicções. Vou ficar devendo, não sou muito de guardar rancor.
6. Perdoar alguém. Pela mesma razão anterior, digo que sim, perdoei muitas vezes. Para citar um caso, lembro-me de que certa vez meu irmão escreveu na tampa da caixa do Jogo da Vida que eu havia roubado na roleta, e ainda pôs a data! Roubar no “jogo da vida”? Quem iria querer carregar essa mácula? A mentira ficou perpetuada e sempre que jogávamos com amigos eu precisava me defender da injúria. Apesar das constantes humilhações, perdoei.
7. Ver por você mesmo que a Terra é redonda. Não sou nenhum Amyr Klink mas, para alguém da minha idade, até que já viajei bastante. Não tanto quanto gostaria, tenho tempo ainda. Vou me dar meio ponto nessa.
8. Levar alguém que ama a ‘Camera degli Sposi’ . Trata-se de uma sala do Palácio Ducal, na Itália, ostensivamente decorada por pinturas e afrescos. Nunca estive lá, no entanto posso me gabar de ter conhecido Mona Lisa, Guernica, os quadros de Van Gogh e os da fase negra do Goya. Sempre sozinho. Será que vale meio ponto também?
9. Desafiar a gravidade. Sendo esta uma lei imutável da física, minha interpretação aponta para quem é ou foi rebelde sem causa ou vivenciou alguma experiência ultrarradical. Já viajei de teco-teco, de barquinho em meio a tempestade, cruzei ponte prestes a cair, mas nunca por vontade própria. Então, seria incorreto afirmar que desafiei a gravidade, assim, deliberadamente.
10. Deixar que alguém aproveite a chance que você perdeu. Essa está guardada para o meu filho.
É chegada a hora da contabilidade. Das dez coisas para se fazer antes de morrer, contando os meio pontos, vou considerar já ter feito cinco. Confesso que, a esta altura da vida, ficaria preocupado se tivesse passado de sete. Para os supersticiosos, uma dica: pensando bem, talvez o único jeito de retardar o “xeque-mate” seja deixar a lista sempre incompleta.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Canção da Manhã Feliz
quero esta canção todos os dias, especialmente , amanhã.
">Canção da Manhã Feliz (Nana Caymi)
Haaroldo Barbosa e Luis Reis
Composição: Indisponível
Luminosa manhã
Para que tanta luz?
Dá-me um pouco de céu
Mas não tanto azul
Dá-me um pouco de festa não esta
Que é demais pra os meus anseios
Ele veio manhã
Você sabe, ele veio
Despertou-me chorando
E até me beijou
Eu abri a janela
E este sol entrou
De repente em minha vida
Já tão fria e sem desejos
Estes festejos
Esta emoção
Luminosa manhã
Tanto azul tanta luz
É demais para o meu coração [repete]
">Canção da Manhã Feliz (Nana Caymi)
Haaroldo Barbosa e Luis Reis
Composição: Indisponível
Luminosa manhã
Para que tanta luz?
Dá-me um pouco de céu
Mas não tanto azul
Dá-me um pouco de festa não esta
Que é demais pra os meus anseios
Ele veio manhã
Você sabe, ele veio
Despertou-me chorando
E até me beijou
Eu abri a janela
E este sol entrou
De repente em minha vida
Já tão fria e sem desejos
Estes festejos
Esta emoção
Luminosa manhã
Tanto azul tanta luz
É demais para o meu coração [repete]
Resposta ao Tempo
Não poderia ter sido melhor este presente que ganhei hoje pela passagem dos meus anos.
O tempo, como diz a música de Cristóvão Bastos e Aldir Blanc, cantada por Nana Caymi,vai sentir inveja de mim. Sou uma apaixonada pela vida, pelas pessoas.
Resposta ao Tempo by Nana Caymi
O tempo, como diz a música de Cristóvão Bastos e Aldir Blanc, cantada por Nana Caymi,vai sentir inveja de mim. Sou uma apaixonada pela vida, pelas pessoas.
Resposta ao Tempo by Nana Caymi
Renato Russo - Presente
Estas duas músicas estão no CD Presente do Renato Russo.
Quando Eu Estiver Cantando
Cazuza
Composição: Cazuza / João Rebouças
Tem gente que recebe Deus quando canta
Tem gente que canta procurando Deus
Eu sou assim com a minha voz desafinada
Peço a Deus que me perdoe no camarim
Eu sou assim
Canto pra me mostrar
De besta
Ah, de besta
Quando eu estiver cantando
Não se aproxime
Quando eu estiver cantando
Fique em silêncio
Quando eu estiver cantando
Não cante comigo
Porque eu só canto só
E o meu canto é a minha solidão
É a minha salvação
Porque o meu canto redime o meu lado mau
Porque o meu canto é pra quem me ama
Me ama, me ama
Quando eu estiver cantando
Não se aproxime
Quando eu estiver cantando
Fique em silêncio
Quando eu estiver cantando
Não cante comigo
Quando eu estiver cantando
Fique em silêncio
Porque o meu canto é a minha solidão
É a minha salvação
Porque o meu canto é o que me mantém vivo
E o que me mantém vivo
O Renato Russo disse que essa música é adorável e remete ao seu lado cafona, mas é linda e sempre passo para os meus alunos nas aulas de inglês.
MY ENDLESS LOVE
Letra: Lionel Riche
My love, there's only you in my life,
The only thing that's right;
My first love,
You're every breath that I take;
You're every step I make.
And I..
I want to share, all my love with you;
No one else will do, you know,
And your eyes,
They tell me how much you care, oh yes;
You will always be,
My endless love.
Two hearts, two hearts that beat as one,
Our lives have just begun;
And forever,
I'll hold you close in my arms;
I can't resist your charms.
And I..
I'll be a fool, for you;
I'm sure, you know I don't mind;
Oh you know I don't mind,
Baby, Baby, Baby, Baby,
You mean the world to me;
I know, I found in you,
My endless love.
Yeah, yeah, yeah,
Do, do. Do, do, do, do,
Wo wo,
and love,
I'll be that fool for you;
I'm sure, that you know I don't mind;
Oh yeah, yeah, yes,
You'll be the only one;
Cause no, no one can deny,
This love I have inside;
And I'll give it all to you,
My love, my love, my love,
My endless love.
My love.
Quando Eu Estiver Cantando
Cazuza
Composição: Cazuza / João Rebouças
Tem gente que recebe Deus quando canta
Tem gente que canta procurando Deus
Eu sou assim com a minha voz desafinada
Peço a Deus que me perdoe no camarim
Eu sou assim
Canto pra me mostrar
De besta
Ah, de besta
Quando eu estiver cantando
Não se aproxime
Quando eu estiver cantando
Fique em silêncio
Quando eu estiver cantando
Não cante comigo
Porque eu só canto só
E o meu canto é a minha solidão
É a minha salvação
Porque o meu canto redime o meu lado mau
Porque o meu canto é pra quem me ama
Me ama, me ama
Quando eu estiver cantando
Não se aproxime
Quando eu estiver cantando
Fique em silêncio
Quando eu estiver cantando
Não cante comigo
Quando eu estiver cantando
Fique em silêncio
Porque o meu canto é a minha solidão
É a minha salvação
Porque o meu canto é o que me mantém vivo
E o que me mantém vivo
O Renato Russo disse que essa música é adorável e remete ao seu lado cafona, mas é linda e sempre passo para os meus alunos nas aulas de inglês.
MY ENDLESS LOVE
Letra: Lionel Riche
My love, there's only you in my life,
The only thing that's right;
My first love,
You're every breath that I take;
You're every step I make.
And I..
I want to share, all my love with you;
No one else will do, you know,
And your eyes,
They tell me how much you care, oh yes;
You will always be,
My endless love.
Two hearts, two hearts that beat as one,
Our lives have just begun;
And forever,
I'll hold you close in my arms;
I can't resist your charms.
And I..
I'll be a fool, for you;
I'm sure, you know I don't mind;
Oh you know I don't mind,
Baby, Baby, Baby, Baby,
You mean the world to me;
I know, I found in you,
My endless love.
Yeah, yeah, yeah,
Do, do. Do, do, do, do,
Wo wo,
and love,
I'll be that fool for you;
I'm sure, that you know I don't mind;
Oh yeah, yeah, yes,
You'll be the only one;
Cause no, no one can deny,
This love I have inside;
And I'll give it all to you,
My love, my love, my love,
My endless love.
My love.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
A Verdade a Ver Navios
A Verdade a Ver Navios
Engenheiros do Hawaii
na hora "h"
no dia "d"
na hora de pagar pra ver
ninguém diz o que disse
(não era bem assim)
na hora "h"
no dia "d"
na hora de acender a luz
ninguém dá nome aos bois
(tudo fica pra depois)
mas é impossível repetir
o que só acontece uma vez
é impossível reprimir
o que acontece toda vez
que alguém acorda
porque já não aguenta mais
e a corda arrebenta
no lado mais forte
é muito engraçado
que todos tenham os mesmos sonhos
e que o sonho nunca vire realidade
é muito engraçado
que estejam do mesmo lado
os que querem iluminar
e os que querem iludir
é muito engraçado
que todo mundo tenha
armas capazes de tudo
de todo mundo acabar
no dia "d", na hora "h"
mas é impossível repetir
o que só acontece uma vez
é impossível reprimir
o que acontece toda vez
que alguém acorda
porque já não aguenta mais
e a corda arrebenta
no lado mais forte
é impossível repetir
o que só acontece uma vez
é impossível reprimir
o que acontece toda vez
que chega a hora
de dizer chega...
...a hora...
...de dizer chega...
não pagar pra ver
a verdade a ver navios
onde já se viu?
Guantánamo
Engenheiros do Hawaii
Composição: Gessinger/fonseca/ayala/aranha/pedro A.
Quem foi que disse "te quero"?
Qual era mesmo a canção?
Quem viu a cor do dinheiro?
Qual a melhor tradução?
Quem foi ao rio de janeiro?
Qual era a intenção?
Qual foi o dia e a hora?
Quem foi embora... adeus
- Me tira daqui
- Não adianta gritar
- Me ajuda a fugir
- Ninguém vai escutar
Não agüento mais... eu não sei a resposta
Não agüento mais... eu não sei a resposta
Quem sabe o que vem primeiro?
Quem sabe o que vem depois?
Quem cabe no mundo inteiro?
Quem mais além de nós dois?
Quem chama ao telefone?
Por que não bate na porta?
Que chama arde teu nome?
Será que alguém se importa?
- Me tira daqui
- Não adianta gritar
- Me ajuda a fugir
- Ninguém vai escutar
Não agüento mais... eu não sei a resposta
Não agüento mais... eu não sei a resposta
Qual é a droga que salva?
Qual é a dose letal?
Quem quer saber tudo isso
Será que agüenta a pressão?
Eu não sei a resposta
Eu não sei a resposta
Não agüento mais... eu não sei a resposta
Não agüento mais... eu não sei a resposta
Engenheiros do Hawaii
na hora "h"
no dia "d"
na hora de pagar pra ver
ninguém diz o que disse
(não era bem assim)
na hora "h"
no dia "d"
na hora de acender a luz
ninguém dá nome aos bois
(tudo fica pra depois)
mas é impossível repetir
o que só acontece uma vez
é impossível reprimir
o que acontece toda vez
que alguém acorda
porque já não aguenta mais
e a corda arrebenta
no lado mais forte
é muito engraçado
que todos tenham os mesmos sonhos
e que o sonho nunca vire realidade
é muito engraçado
que estejam do mesmo lado
os que querem iluminar
e os que querem iludir
é muito engraçado
que todo mundo tenha
armas capazes de tudo
de todo mundo acabar
no dia "d", na hora "h"
mas é impossível repetir
o que só acontece uma vez
é impossível reprimir
o que acontece toda vez
que alguém acorda
porque já não aguenta mais
e a corda arrebenta
no lado mais forte
é impossível repetir
o que só acontece uma vez
é impossível reprimir
o que acontece toda vez
que chega a hora
de dizer chega...
...a hora...
...de dizer chega...
não pagar pra ver
a verdade a ver navios
onde já se viu?
Guantánamo
Engenheiros do Hawaii
Composição: Gessinger/fonseca/ayala/aranha/pedro A.
Quem foi que disse "te quero"?
Qual era mesmo a canção?
Quem viu a cor do dinheiro?
Qual a melhor tradução?
Quem foi ao rio de janeiro?
Qual era a intenção?
Qual foi o dia e a hora?
Quem foi embora... adeus
- Me tira daqui
- Não adianta gritar
- Me ajuda a fugir
- Ninguém vai escutar
Não agüento mais... eu não sei a resposta
Não agüento mais... eu não sei a resposta
Quem sabe o que vem primeiro?
Quem sabe o que vem depois?
Quem cabe no mundo inteiro?
Quem mais além de nós dois?
Quem chama ao telefone?
Por que não bate na porta?
Que chama arde teu nome?
Será que alguém se importa?
- Me tira daqui
- Não adianta gritar
- Me ajuda a fugir
- Ninguém vai escutar
Não agüento mais... eu não sei a resposta
Não agüento mais... eu não sei a resposta
Qual é a droga que salva?
Qual é a dose letal?
Quem quer saber tudo isso
Será que agüenta a pressão?
Eu não sei a resposta
Eu não sei a resposta
Não agüento mais... eu não sei a resposta
Não agüento mais... eu não sei a resposta
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Paraíso das Hienas
Paraiso Das Hienas
Jessé
Composição: Accioly Neto
Abençoai as hienas
Principalmente as morenas
Tricampeãs mundiais
Pois desse lado do muro
O jogo é tão duro, meu pai
Que só ter piedade de nós não vale a pena (3x)
Oração não voga quando não há vaga
Coração não roga quando só há raiva
E a roupa do corpo três vezes ao dia
Novena não paga ao homem da venda
Não adianta nada, não enche barriga
Subir de joelhos as escadarias
Abençoai as hienas
Principalmente as "da Silva"
Campeãs de carnavais
Pois desse lado do beco
O olhar é tão seco, meu pai
Que só ter piedade de nós não vale a pena (3x)
Oração não voga quando não há vaga
Coração não roga quando só há raiva
E a roupa do corpo três vezes ao dia
Novena não paga ao homem da venda
Não adianta nada, não enche barriga
Subir de joelhos as escadarias
Abençoai as hienas
Principalmente as morenas
Tricampeãs mundiais
Pois desse lado do muro
O jogo é tão duro, meu pai
Que só ter piedade de nós não vale a pena (3x)
Que só ter piedade de nós não vale a pena...
Jessé
Composição: Accioly Neto
Abençoai as hienas
Principalmente as morenas
Tricampeãs mundiais
Pois desse lado do muro
O jogo é tão duro, meu pai
Que só ter piedade de nós não vale a pena (3x)
Oração não voga quando não há vaga
Coração não roga quando só há raiva
E a roupa do corpo três vezes ao dia
Novena não paga ao homem da venda
Não adianta nada, não enche barriga
Subir de joelhos as escadarias
Abençoai as hienas
Principalmente as "da Silva"
Campeãs de carnavais
Pois desse lado do beco
O olhar é tão seco, meu pai
Que só ter piedade de nós não vale a pena (3x)
Oração não voga quando não há vaga
Coração não roga quando só há raiva
E a roupa do corpo três vezes ao dia
Novena não paga ao homem da venda
Não adianta nada, não enche barriga
Subir de joelhos as escadarias
Abençoai as hienas
Principalmente as morenas
Tricampeãs mundiais
Pois desse lado do muro
O jogo é tão duro, meu pai
Que só ter piedade de nós não vale a pena (3x)
Que só ter piedade de nós não vale a pena...
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Para Adélia
Pra voce minha amiga, que sempre foi e é uma lutadora, que sempre vê a vida com alegria e esperança e que nunca desiste mesmo nos momentos mais difíceis como este que voce tá vivendo agora, que Deus te abençoe e te conceda a vida que voce merece.
Pra voce que gosta tanto do Jessé e desta música, aí vai Solidão de Amigos.
"Lenha na fogueira, lua na lagoa
Vento na poeira, vai rolando à toa
A cantiga espera quem lhe dê ouvidos
A viola entoa, solidão de amigos
A saudade lembra de lembranças tantas
Que por si navegam nessas águas mansas
A saudade lembra de lembranças tantas
Que por si navegam nessas águas mansas
Quando a cachoeira desce nos barrancos
Faz a várzea inteira se encolher de espanto
Lenha na fogueira, luz de pirilampos
Cinzas de saudades voam pelos campos
A saudade lembra de lembranças tantas
Que por si navegam nessas águas mansas
A saudade lembra de lembranças tantas."
Alguém Cantando
Jessé
Composição: Caetano Veloso
Alguém cantando longe daqui
Alguém cantando ao longe, longe
Alguém cantando muito
Alguém cantando bem
Alguém cantando é bom de se ouvir
Alguém cantando alguma canção
A voz de alguém nessa imensidão
A voz de alguém que canta
A voz de um certo alguém
Que canta como quer pra ninguém
A voz, de alguém quando vem do coração
De quem mantém toda pureza
Da natureza
Onde não ha pecado nem perdão
Alguém cantando longe daqui
Alguém cantando ao longe, longe
Alguém cantando muito
Alguém cantando bem
Alguém cantando é bom de se ouvir
Alguém cantando alguma canção
A voz de alguém nessa imensidão
A voz de alguém que canta
A voz de um certo alguém
Que canta como quer pra ninguém
A voz, de alguém quando vem do coração
De quem mantém toda pureza
Da natureza
Onde não ha pecado nem perdão
Alguém cantando longe daqui
Alguém cantando ao longe, longe
Pra voce que gosta tanto do Jessé e desta música, aí vai Solidão de Amigos.
"Lenha na fogueira, lua na lagoa
Vento na poeira, vai rolando à toa
A cantiga espera quem lhe dê ouvidos
A viola entoa, solidão de amigos
A saudade lembra de lembranças tantas
Que por si navegam nessas águas mansas
A saudade lembra de lembranças tantas
Que por si navegam nessas águas mansas
Quando a cachoeira desce nos barrancos
Faz a várzea inteira se encolher de espanto
Lenha na fogueira, luz de pirilampos
Cinzas de saudades voam pelos campos
A saudade lembra de lembranças tantas
Que por si navegam nessas águas mansas
A saudade lembra de lembranças tantas."
Alguém Cantando
Jessé
Composição: Caetano Veloso
Alguém cantando longe daqui
Alguém cantando ao longe, longe
Alguém cantando muito
Alguém cantando bem
Alguém cantando é bom de se ouvir
Alguém cantando alguma canção
A voz de alguém nessa imensidão
A voz de alguém que canta
A voz de um certo alguém
Que canta como quer pra ninguém
A voz, de alguém quando vem do coração
De quem mantém toda pureza
Da natureza
Onde não ha pecado nem perdão
Alguém cantando longe daqui
Alguém cantando ao longe, longe
Alguém cantando muito
Alguém cantando bem
Alguém cantando é bom de se ouvir
Alguém cantando alguma canção
A voz de alguém nessa imensidão
A voz de alguém que canta
A voz de um certo alguém
Que canta como quer pra ninguém
A voz, de alguém quando vem do coração
De quem mantém toda pureza
Da natureza
Onde não ha pecado nem perdão
Alguém cantando longe daqui
Alguém cantando ao longe, longe
domingo, 5 de abril de 2009
Fernando Pessoa
"A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em os libertar deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial libertação."
Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
"Haja ou não deuses, deles somos servos.
Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.
Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo... Álvaro de Campos
Nenhuma idéia brilhante consegue entrar em circulação se não agregando a si qualquer elemento de estupidez. O pensamento coletivo é estúpido porque é coletivo: nada passa as barreiras do coletivo sem deixar nelas, como real de água, a maior parte da inteligência que traga consigo.
Nunca sabemos quando somos sinceros. Talvez nunca o sejamos. E mesmo que sejamos sinceros hoje, amanhã podemos sê-lo por coisa contrária."
(frases de Fernando Pessoa)
IMPULSOS INSUPORTÁVEIS - Rosa Kapila
Do blog rosakapila.zip
“Se um autor escrevesse apenas para a sua época,
eu teria que quebrar minha caneta e jogá-la fora.”
( Victo Hugo )
Nenhuma aula de literatura
Vai dar conta de todas as pessoas dentro de nós.
Fui refugiar-me em Santa Teresa
Nessa boca-de-noite canhestra.
Parece que há mil anos morei por aqui.
Quando sinto impulsos insuportáveis
/este é meu caminho.
Vi numa roda de malhação de judas
O bisneto de Augusto dos Anjos e no bonde
/a bisneta de Cora Coralina
só me falta dar de cara com os sobrinhos de Bandeira.
Num encontro ancestral estaria Paraíba/ Pernambuco
/ e Goiás.
Paulo dos Anjos vem me beijar cheio de farinha de trigo...
Ele é o ator principal da peça que se desenrola
No Largo dos Guimarães.
Ai minha Santa Teresa saudades tenho de ti.
Desço a Ladeira pela André Cavalcante,
/ rua em que morou Carmen Miranda.
Com um pedaço de pau afugento os cachorros...
Só então me recordo do sonho... uma onça roubava os
/cigarros de Ícaro e fumava tirando onda
/com minha cara.
Com “a neura” do sonho voltei para as escadarias
/e subi no bonde que apontava.
Hoje não é meu dia
Eu detesto Hoje.
Eu quero matar/sangrar/retalhar o dia de Hoje.
Hoje eu sou Anne Sexton naquele poema-pesadelo
“A mulher do fazendeiro”:
“(...) e ela o desejava aleijado ou poeta, ou ainda
/mais solitário,ou, às vezes, melhor, meu amado morto.”
Olha só, Sexta-feira chegou alguém no meu trabalho distribuindo este poema. eu não o vi. foi a minha colega de sala que recebeu e me deu. Resolvi postar aqui.
"Quando o homem e a mulher se amam em verdade,
o eu sucumbe, o nós ressuscita;
para eles o ideal é a soma,
o subtraair não compensa;
o dividir inexiste, o
multiplicar é a meta e,
entre si, se assim o fizerem,
com certeza,
em suas vidas,
para sempre,
a ternura será rio perene,
a primavera;
a felicidade,
completa e eterna,
tão eterna quanto o próprio tempo."
(V. de Araújo)
Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
"Haja ou não deuses, deles somos servos.
Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.
Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo... Álvaro de Campos
Nenhuma idéia brilhante consegue entrar em circulação se não agregando a si qualquer elemento de estupidez. O pensamento coletivo é estúpido porque é coletivo: nada passa as barreiras do coletivo sem deixar nelas, como real de água, a maior parte da inteligência que traga consigo.
Nunca sabemos quando somos sinceros. Talvez nunca o sejamos. E mesmo que sejamos sinceros hoje, amanhã podemos sê-lo por coisa contrária."
(frases de Fernando Pessoa)
IMPULSOS INSUPORTÁVEIS - Rosa Kapila
Do blog rosakapila.zip
“Se um autor escrevesse apenas para a sua época,
eu teria que quebrar minha caneta e jogá-la fora.”
( Victo Hugo )
Nenhuma aula de literatura
Vai dar conta de todas as pessoas dentro de nós.
Fui refugiar-me em Santa Teresa
Nessa boca-de-noite canhestra.
Parece que há mil anos morei por aqui.
Quando sinto impulsos insuportáveis
/este é meu caminho.
Vi numa roda de malhação de judas
O bisneto de Augusto dos Anjos e no bonde
/a bisneta de Cora Coralina
só me falta dar de cara com os sobrinhos de Bandeira.
Num encontro ancestral estaria Paraíba/ Pernambuco
/ e Goiás.
Paulo dos Anjos vem me beijar cheio de farinha de trigo...
Ele é o ator principal da peça que se desenrola
No Largo dos Guimarães.
Ai minha Santa Teresa saudades tenho de ti.
Desço a Ladeira pela André Cavalcante,
/ rua em que morou Carmen Miranda.
Com um pedaço de pau afugento os cachorros...
Só então me recordo do sonho... uma onça roubava os
/cigarros de Ícaro e fumava tirando onda
/com minha cara.
Com “a neura” do sonho voltei para as escadarias
/e subi no bonde que apontava.
Hoje não é meu dia
Eu detesto Hoje.
Eu quero matar/sangrar/retalhar o dia de Hoje.
Hoje eu sou Anne Sexton naquele poema-pesadelo
“A mulher do fazendeiro”:
“(...) e ela o desejava aleijado ou poeta, ou ainda
/mais solitário,ou, às vezes, melhor, meu amado morto.”
Olha só, Sexta-feira chegou alguém no meu trabalho distribuindo este poema. eu não o vi. foi a minha colega de sala que recebeu e me deu. Resolvi postar aqui.
"Quando o homem e a mulher se amam em verdade,
o eu sucumbe, o nós ressuscita;
para eles o ideal é a soma,
o subtraair não compensa;
o dividir inexiste, o
multiplicar é a meta e,
entre si, se assim o fizerem,
com certeza,
em suas vidas,
para sempre,
a ternura será rio perene,
a primavera;
a felicidade,
completa e eterna,
tão eterna quanto o próprio tempo."
(V. de Araújo)
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