quinta-feira, 7 de agosto de 2008

PAULO FREIRE

Reflexões sobre a prática educativa

" Há um sinal dos tempos, entre outros, que me assusta: um estado refinado de estranheza, de "autodemissão" da mente, do corpo consciente, de conformismo do indivíduo, de acomodação diante de situações consideradas fatalisticamente como imutáveis. É a posição de encara os fatos como algo consumado, como algo que se deu porque tinha que se dar da forma como se deu, é a posição, por isso mesmo, de quem entende e vive a História como determinismo e não como possibilidade."

"...a capacidade de inquietar-me e buscar continua em pé. Não haveria existência humana sem a abertura de nosso ser ao mundo, sem a transitividade da nossa consciência."

"Gosto de ser homem, de ser gente, porque não está dado como certo, inequívoco, irrevogável que sou ou serei decente, que testemunharei sempre gestos puros, que sou e que swerei justo, que respeitarei os outros, que não mentirei escondendo o seu valor porque a inveja de sua presença no mundo me incomoda e me enraivece. Gosto de ser homem de ser gente, porque sei que a minha passada pelo mundo não é predeterminada, preestabelecida. Que o meu destino não é um dado mas algo que precisa ser feito e de cuja responsabilidade não posso me eximir."
(pedagogia da autonomia - Paulo Freire)

AGENDAS DA CAIXA - textos expostos nos espaços culturais da Caixa que abrigam projetos e eventos ligados à literatura, música, dança, cinema, teatro, artes plásticas e fotografia, em Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Imagine...
Imagine um lugar sem lugar
Um não-lugar sem tempo, nem gente, nem coisa.
Uma vida sem fantasia.
Um homem sem sua arte
Um livro sem história
Um personagem sem livro
Um livro sem leitor
Uma tela sem imagem
Uma escultura sem forma
Um espetáculo sem artista.
Uma idéia sem idéia alguma. Um monte de nada sem sentido.
Um mundo sem ter sido criado.
Agora, imagine o contrário.
Um mundo cheio de lugares, e coisas, e pessoas, e histórias, e imagens, e formas, e artistas e idéias. E tamanha infinidade de sentimentos povoando a gente, que a fantasia se esparrama para fora. É então que as idéias viram resultado concreto. E as histórias viram livros, as imagens viram quadros, as formas viram o que o artista quiser dizer. E ele diz. e o que ele diz ecoa no espaço.
Sim. Porque há que se dá espaço a tudo aquilo que o coração da gente transformou em arte, para que aquilo tudo cumpra seu objetivo de chegar no coração de mais gente.

Gente
toda pessoa nasce, toda pessoa morre.
Toda pessoa é igual.
Cada pessoa tem peso, estatura, cor, idade.
Cada pessoa é diferente.
Algumas pessoas adoram o por-do-sol.
Outtras preferem lua cheia.
Poucas vivem com muito.
Muitas sobrevivem com pouco.
Umas são ternas. Umas são tímidas.
Umas são fáceis.
Outras, não.
Todas as pessoas são.
Cada uma tem seu jeito de ser
Cada pessoa tem lá suas qualidades.
Toda pessoa tem também os seus defeitos.
toda pessoa tem perguntas
Cada pessoa tem suas respostas.
Toda pessoa tem desejos.
Amores.
Dúvidas.
Certezas.
Cada pessoa tem seus valores.
Todas as pessoas têm o mesmo valor, independentemente dos valores que elas tenham.
Toda pessoa é igual.
Cada pessoa é diferente.
E todas têm os mesmos direitos.

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