Para o admirador secreto quero dizer que eu continuo como o Fernando Pessoa "I'm locked inside me."
Hoje foi um dia estafante. só agora cheguei em casa e estou aqui. E olha que esse é o meu dia de folga, que não tenho aula. As obrigações domésticas são terríveis. Até recebi agora um convite pra ir ao Bossa Nova, mas estou sem condições. Preciso me refazer pra amanhã. Tenho ainda algumas coisas e leituras pra fazer antes de dormir.
Estou no meio da minha primeira semana de aula e confesso que estou me sentindo outra pessoa, mais feliz e com a força renovada.foram tão bons esses dias!
Antes de chegar aqui, dei uma lida rápida na revista Língua Portuguesa de Julho/2008. A revista está ótima. Destaco as seguintes matérias: O Som em Versos, de Bráulio Tavares; O darwinismo da linguagem, por Aldo Bizzocchi, doutor em Linguística ; a red@ção do correio eletrônico, por Maria Helena da Nóbrega, Um Martelo pra fazer suco, por Bel Tosato que trata dos vícios de linguagem no nosso cotidiano e A Imagem é a última palavra, uma análise de Gabriel Perissé das traduções para o Português de "Os Vidiotas", de Jerzy Kosinski. Aqui, Gabriel analisa as duas versões da obra "Being There" (título original) : Uma feita por Hindemburgo Dobal, poeta piauiense, falecido este ano, que traduziu como "O videota", ressaltando a compulsividade do protagonista da obra, Chance, na sua contemplação passiva diante da TV, e a outra tradução feita por Laura Alves e Aurélio Barroso Rebello com o título de "O Vidiota", com i, fazendo um trocadilho com "idiota." Há, inclusive, um trecho do livro transcrito com as duas traduções.
Uma outra coisa que me chamou a atenção nessa revista, foi a entrevista do escritor africano Mia Couto,autor de 'Terra Sonâmbula",. Em uma de suas falas, quando perguntado "Como as técnicas da poesia ajudam a contar uma história?", ele responde: "A poesia pra mim é uma maneira de olhar o mundo, de entendê-lo. É quase uma atitude filosófica. Poesia, a atitude, ajuda a criar enredos. Quanto ao resto, não ajuda. Porque o tratamento que é dado à linguagem é outro. O objeto sobre o qual a poesia trabalha é a própria linguagem. No romance, a linguagem não é o objeto central. Ela é muito mais um meio para construir a narrativa. Há aqui qualquer coisa que briga. Uma área assim em conflito me instiga, porque, no fundo, há que desmontar um bocado daquilo que são as idéias feitas sobre o que é poesia ou ficção. O escritor precisa ver onde está o limite entre uma coisa e outra e há de desmanchar esse limite, brincar com ele."
Até mais!
Ah, não esqueçam de visitar o blog do Airton Sampaio. Veja !REVOLUÇÃO!
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