quarta-feira, 23 de julho de 2008

RELAÇÃO DESIGUAL, ATÉ QUANDO?

Ontem à noite, no encerramento da disciplina Captação de Recursos Públicos do Curso MPA Gestão de Cidades, o professor sugeriu a criação de um blog para discutir temas referentes à Administração Pública, principalmente, a efetividade das políticas públicas. Foi uma susgestão boa, mas não sei se os colegas vão levar adiante. Durante a reunião online,discutimos a importância dos tributos para a gestão das cidades, a função do poder público como gestor dos recursos destinados a implementar políticas públicas e a relação governo/sociedade. Nesta relação sabemos que há uma contrapartida de serviços: a sociedade paga a conta através de impostos, taxas e contribuições e o governo provê a sociedade de políticas públicas de qualidade, com eficiência, accountability e eficácia. Entretanto, a realidade não é bem assim. A sociedade tem pago a conta,sim, basta ver os recordes na arrrecadação, mas em troca tem recebido: farra com o dinheiro público, corrupção, serviços públicos de má qualidade, principalmente em setores básicos, como Saúde, Educação e Infra-estrutura urbana. Sobre o recorde de arrecadação, vi, hoje, essa postagem do LUiz Medina no http://colunas.g1.com.br/fimdeexpediente, com o título: Uma dica ao companheiro lula.

Postado por Luiz Medina em 22 de Julho de 2008 às 12:24

Tem duas coisas que bastam serem divulgadas para cravarem novos recordes: venda de automóveis e arrecadação do Governo.

Ontem, foram divulgados os novos números da arrecadação. Em seis meses, SEM CPMF, o Governo arrecadou mais de 30 bilhões de reais do que no mesmo período do ano passado, ou seja, já arrecadou a CPMF de volta.

Não vou repetir pela enésima vez minha proposta que agora era a hora, talvez a única da nossa história recente, de se fazer a reforma tributária e ou de se fazer uma redução nos impostos e ou que no mínimo, se melhore os serviços que são prestados à população.

O secretário da Receita, Jorge Rachid, insiste em seguir a linha criada pelo Ministro Mantega que é inventar metáforas para explicar o simples. Bastaria ele dizer que estão arrecadando mais, porque a carga tributária é alta e a economia está crescendo e a carga tributária também (vide a provável criação da CSS). As explicações de Rachid ao longo do semestre, variaram de sorte, sazonalidade a eficiência, mas nunca ao fato da carga tributária ser alta. Sendo assim tive uma idéia: já que ele tem sorte e é muito eficiente, poderíamos deslocar ele para outro Ministério.

Exemplo: Ministério da Saúde. O nosso Ministro da Saúde disse que perdemos a guerra para um mosquito esse ano, quem sabe o Rachid não vence essa guerra ano que vem ????

E, ainda tem estas do José Godoy:

Sindicato dos estafermos
Postado por José Godoy em 21 de Julho de 2008 às 11:01
Em época de Jogos Olímpicos é impressionante a disposição nacional para a quebra de recordes. Não bastasse nossos talentos em saúde, educação e mortes à bala, uma nova categoria surge com grandes marcas: “Mil metros quadrados sem barreiras”, ou, se preferir, o termo em latim: “Habeas corpus”.

Sindicato dos estafermos 2

O legislativo, como se sabe, é tarefa árdua. Coisa comparável aos ferroviários siberianos ou aos mineradores chineses. Não é à toa que 92% dos vereadores do país tentam a reeleição. Afinal alguém precisa fazer o trabalho sujo, não é mesmo?

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