09/09/2008 - 10h58
MEC reprova 31% do ensino superior
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RICARDO WESTIN
da Folha de S.Paulo, enviado especial a Brasília
LARISSA GUIMARÃES
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O raio-X do ensino superior, divulgado ontem pelo Ministério da Educação, permite duas importantes conclusões:
a) De cada dez instituições de ensino superior -ou seja, universidades, centro universitários e faculdades-, três têm nível inadequado (nota 1 ou 2).
b) É a rede privada que puxa o resultado para baixo, com quase a totalidade (96%) das instituições com desempenho considerado insatisfatório.
O raio-X faz parte do primeiro ranking oficial de instituições superiores, apresentado em Brasília pelo ministro Fernando Haddad (Educação).
De todas as 1.448 instituições avaliadas, foram dadas notas baixas a 454 delas (31%). A que obteve a melhor nota é a Ebef (Escola Brasileira de Economia e Finanças), do Rio, que pertence à Fundação Getulio Vargas.
Considerando apenas as universidades, a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) é a que obteve o melhor desempenho no levantamento.
Outras 400 instituições não foram analisadas por serem novas e não terem turmas formadas ou porque pertencem à rede estadual e não aceitaram participar da avaliação -caso da USP (Universidade de São Paulo) e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Para chegar ao novo ranking, o MEC (Ministério da Educação) avaliou o nível de aprendizado dos formandos nos três últimos Enades (antigo Provão), a qualidade dos cursos de graduação e de pós (quando foi o caso), a titulação dos professores, a opinião dos alunos e a infra-estrutura física.
No final, chegou-se ao chamado IGC (índice geral de cursos. São notas que vão de zero a 500 e que, como resultado, enquadram as instituições em faixas de 1 (as piores, com nota de 0 a 94) a 5 (as melhores, com nota 395 a 500). As instituições consideradas ruins são as que ficaram nas faixas 1 e 2.
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